Clã Bolsonaro compra imóveis com dinheiro vivo, mas não guarda valores em casa

Atualizado em 31 de agosto de 2022 às 12:22
O clã Bolsonaro – Foto: Roberto Jayme/ASCOM

As declarações de bens e renda que a  família Bolsonaro entregou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que tanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) quanto seus filhos não têm o costume de guardar dinheiro vivo em casa.

Dos integrantes do clã, apenas o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) informou à Corte ter guardado R$ 20 mil em espécie por ao menos oito anos.

Essa postura, é diferente daquela que a família adota para fazer negócios imobiliários. Como mostra um levantamento patrimonial feito pelo UOL, quase metade do patrimônio em imóveis do clã Bolsonaro foram comprados total ou parcialmente com uso de dinheiro vivo, segundo declarações dos próprios familiares. Os valores chegam a casa dos R$ 18,9 milhões.

O TSE registra o patrimônio de candidatos a cada eleição. No entanto, o ex-capitão e seus filhos Flávio e Eduardo nunca informaram ter dinheiro vivo em casa. Sua ex-mulher, Rogéria Bolsonaro, se candidatou a vereadora em 2020 e no ano 2000, e também não declarou valores em espécie à Corte, de acordo com o Estadão.

Após ser questionado sobre a compra de imóveis com dinheiro vivo nesta terça-feira (30) Bolsonaro minimizou a situação. “Qual é o problema de comprar com dinheiro vivo algum imóvel, eu não sei o que está escrito na matéria… Qual é o problema?”, afirmou.

O chefe do Executivo também destacou que não se importaria com possíveis investigações. “Então tudo bem. Investiga, meu Deus do céu”, disse.

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