Em entrevista à CNN Brasil, o ex-coordenador da Lava Jato de Curitiba, Deltan Dallagnol, tentou interromper a jornalista Monalisa Perrone e tomou uma patada. Ele não esperou a apresentadora do programa “Expresso CNN” terminar sua pergunta.
Após se referir ao ex-presidente Lula (PT) como o “cara”, ele foi questionado por Monalisa, que afirmou: “Quando o senhor fala entregar para o ‘cara’, o ‘cara’ é o ex-presidente Lula, eleito duas vezes, que aparece em primeiro lugar em todas as pesquisas…”. Revoltado, o lavajatista tentou interromper a jornalista, que não deixou: “Eu gostaria… procurador, procurador, por gentileza, quando eu estiver falando espere eu terminar, né? É mais gentil assim, aí eu termino a pergunta”.
O tema da conversa era a indenização no valor de R$ 75 mil que o ex-procurador foi condenado a pagar ao petista. O motivo é a apresentação de um PowerPoint, no ano de 2016, em que Deltan mostrava falsas acusações contra o ex-presidente.
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“Me desculpa, eu estou indignado”, disse Dallagnol
Foto: Reprodução
Após ser rebatido, Deltan ficou pianinho. “Com certeza, Monalisa, me desculpa, eu estou indignado”, se justificou, antes de levar mais um sabão: “Problema algum, mas a pontuação da elegância é sempre bem-vinda”, ressaltou Perrone, seguindo com a entrevista.
Quando ela terminou de falar, o ex-procurador já estava perdido. Ele nem ouviu a pergunta e causou um silêncio constrangedor, pedindo depois para a jornalista repetir o que disse.
Confira:
Dallagnol diz que “Lava Jato está virando cinzas”
Em vídeo publicado nas redes sociais, o ex-procurador comentou que “a Lava Jato acabou, o combate à corrupção está virando cinzas, corruptos que tiveram seus casos anulados pelo STF querem voltar às urnas e procuradores são punidos por fazerem seu trabalho.”
A ação movida pela defesa do ex-presidente pede que Deltan indenize Lula após a divulgação de um PowerPoint, no ano de 2016, mostrando falsas acusações. O petista passou 580 dias preso em Curitiba, embora recentemente o Supremo Tribunal Federal (STF) tenha entendido que as alegações são infundadas no caso que envolve o tríplex no Guarujá.
Veja abaixo: