Com orçamento de R$ 188,3 bilhões, Ministério da Saúde vira alvo de grupo de Lira

Atualizado em 2 de junho de 2023 às 10:15
Arthur Lira – Foto: Paulo Sergio/Câmara dos Deputados

O Centrão quer controlar o Ministério da Saúde e cobra a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas articulações políticas do governo para não aprovar uma “pauta bomba” na Câmara. A pasta tem um orçamento de R$ 188,3 bilhões neste ano. A informação é da colunista Vera Rosa, do Estadão.

Um dos partidos que compõem o Centrão é o PP, que por vários anos esteve no controle do Ministério da Saúde, tendo influência direta do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. Vale destacar que, atualmente, o PP faz oposição ao presidente petista.

O chefe do Executivo disse, na última quinta-feira (1.º), que só fará uma reforma ministerial se houver uma “catástrofe”. Lula, entretanto, sabe que terá de oferecer um grande “dote” para selar uma aliança com Lira se quiser aprovar projetos de seu interesse.

Arthur Lira – Foto: Adriano Machado/Reuters

Apesar do presidente do PP, o senador Ciro Nogueira, ser um adversário político dos petistas, o grupo liderado por Lira, conhecido como “grupo de Lira”, busca obter maior espaço no primeiro escalão do governo, visto como estratégia para consolidar o poder e a influência do Centrão dentro da administração pública.

A Saúde, comanda por Nísia Trindade, ex-presidente da Fiocruz, abriga pouco mais da metade das emendas parlamentares individuais (R$ 11 bilhões de um total de R$ 21 bilhões). Nísia não é filiada a nenhum partido. Além de uma ala do PP, o próprio PT está de olho na pasta, que virou alvo de uma disputa cada vez mais acirrada.

O Palácio do Planalto teve muita dificuldade nas negociações para aprovar na Câmara a Medida Provisória de reestruturação da Esplanada. Além disso, ainda passarão pelo crivo do Congresso a reforma tributária e o arcabouço fiscal, já aprovado na Câmara. A medida, no entanto, ainda espera pela votação no Senado.

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