Saiba tudo sobre a morte do “hipster da Polícia Federal”

Esse policial ficou conhecido nacionalmente após escoltar o então deputado cassado Eduardo Cunha; entenda

Atualizado em 4 de março de 2022 às 9:36
'Hipster da Federal' durante condução do então deputado Eduardo Cunha e em fotografia pessoal
‘Hipster da Federal’ durante condução do então deputado Eduardo Cunha e em fotografia pessoal. Wilson Dias / Agência Brasil (esq.) / Divulgação / Redes sociais (dir.)

Lucas Soares Dantas Valença (36), conhecido como “hipster da Polícia Federal”, morreu em Buritinópolis, no centro de Goiás, na noite de quarta (2), após invadir uma casa na zona rural e ser baleado pelo morador, segundo a Polícia Civil.

O policial ficou conhecido nacionalmente após escoltar o então deputado cassado Eduardo Cunha, em Brasília. Ele chamou a atenção pela postura. Natural de Posse, em Goiás, ele trabalhava na PF, no Distrito Federal. A advogada dele disse que ele fazia tratamento contra depressão e que ele viajou a Goiás para comemorar o aniversário do irmão.

De acordo com o boletim de ocorrência, o fato aconteceu às 23h30 de quarta (2), em uma casa na zona rural no Povoado Santa Rita, em Buritinópolis, no centro de Goiás.

Na noite de quarta-feira, de acordo com a polícia, Lucas Soares gritou do lado de fora da casa dizendo que “havia um demônio” na residência. O policial ainda teria desligado o disjuntor de energia, que fica fora da casa. Também teria arrombado a porta da sala, momento em que foi baleado pelo dono da propriedade.

Também estavam na casa a mulher do morador e a filha do casal, de 3 anos. Lucas foi baleado na barriga. Ainda segundo a ocorrência, uma ambulância de Buritinópolis chegou a ir ao local, mas, quando a equipe chegou, o policial já estava morto. O corpo foi levado ao Instituto Médico Legal de Posse.

O dono da propriedade contou à polícia que ouviu barulho de gente em volta da sua casa e uma gritaria com diversos xingamentos. Diante da escuridão e com medo, o morador avisou que estava armado. No entanto, segundo ele, o homem invadiu o imóvel.

Foi nesse momento em que atirou em direção do invasor com uma espingarda. Após religar o disjuntor de energia, ele viu a vítima baleada e chamou a Polícia Militar e uma ambulância. Ele alegou à polícia que não sabia quem era o homem e que agiu em legítima defesa.

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O homem que matou o “hipster da Polícia Federal” foi preso?

O delegado Adriano Jaime, que fez o flagrante do caso, disse que o morador foi preso por posse irregular de arma de fogo. No entanto, pagou fiança e aguarda a investigação em liberdade. Polícia Civil afirmou que só irá dar mais informações sobre o caso quando as investigações forem concluídas.

Instituto de Criminalística da Polícia Civil esteve na chácara para fazer a perícia da cena do crime. O IML de Posse fez o exame cadavérico, que vai apontar as causas da morte. Numa nota, a Polícia Federal disse que “acompanha as investigações e presta todo apoio”. A PF disse ainda que não divulga informações pessoais e funcionais de servidores.

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