“Conduta ilícita e gravíssima”, diz Moraes sobre comando de Silvinei em blitze da PRF

Atualizado em 9 de agosto de 2023 às 14:42
Ministro Alexandre de Moraes, do STF, e Silvinei Vasques, ex-chefe da PRF. Foto: Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que a conduta do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques é “ilícita e gravíssima”, ao autorizar a prisão dele.

Silvinei foi preso nesta quarta-feira (9) pela Polícia Federal (PF) em uma operação que apura suposta interferência nas eleições de 2022.

“A conduta do investigado, narrada pela Polícia Federal, revela-se ilícita e gravíssima pois são apontados elementos indicativos do uso irregular da máquina pública com objetivo de interferir no processo eleitoral, via direcionamento tendencioso de recursos humanos e materiais com o intuito de dificultar o trânsito de eleitores”, diz Moraes na decisão.

O ministro acatou os argumentos da Polícia Federal de que a prisão preventiva de Vasques, cumprida na manhã desta quarta-feira (9), seria essencial para a continuidade da investigação. A decisão foi obtida pelo blog do jornalista Valdo Cruz, do G1.

Moraes ainda citou fortes indícios de materialidade e autoria de crimes por parte de Silvinei Vasques, como:

  • prevaricação (quando o agente público atua ou se omite em benefício próprio);
  • restringir, impedir ou dificultar o exercício de direitos políticos;
  • impedir ou embaraçar o exercício do sufrágio (crime eleitoral);
  • ocultar, sonegar açambarcar ou recusar no dia da eleição o fornecimento, normalmente a todos, de
  • utilidades, alimentação e meios de transporte, ou conceder exclusividade dos mesmos a determinado partido ou candidato (também crime eleitoral);
  • abuso de autoridade.

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