Por unanimidade, o TSE determinou que o maníaco do PowerPoint não podia ter se candidatado e cassou seu mandato de deputado federal.
A decisão é boa para a democracia brasileira?
Dallagnol é um mostruário dos piores vícios presentes na política brasileira: ganancioso, despreparado, ignorante, cínico, descarado, hipócrita, desonesto, desprovido de moral. Não há dúvida de que o Congresso Nacional ganha com sua ausência.
Já o instrumento que foi usado para cassá-lo, a Lei da Ficha Limpa, é problemático. Ela estabelece uma tutela do Judiciário sobre o voto e pode ser usada para impedir a expressão da soberania popular – como ocorreu muitas vezes.
Mas, já que a lei existe, deve ser aplicada. E no caso de Dallagnol não existe dúvida de que a punição é aplicável.
O próximo talvez seja Sérgio Moro – o prognóstico é do profeta Eduardo Cunha.
Ao ex-juiz se aplicam os mesmos adjetivos que definem Dallagnol. E, no caso dele, o que pega não é a Lei da Ficha Limpa, mas o Caixa 2 da campanha.