O tenente-coronel Mauro Cid citou o nome de Filipe Martins, conselheiro e ex-assessor especial de Bolsonaro para assuntos internacionais, em sua delação à Polícia Federal. Além da tarefa exercida oficialmente no governo, ele ainda elaborava as estratégias digitais e de comunicação do ex-presidente nas redes sociais. A informação é da coluna de Paulo Cappelli no Metrópoles.
Em sua delação, Cid detalhou a atuação de Martins justamente em sua função nas redes sociais. Martins ficou conhecido por atuar no grupo conhecido como “Gabinete do Ódio”, que atacava opositores do governo durante a gestão de Bolsonaro, mas sempre negou envolvimento com o núcleo.
Ele chegou a ser indiciado pela CPI da Covid por suposta prática de incitação ao crime e o relator do colegiado, Renan Calheiros (MDB-AL), apontou que ele seria um integrante de um “núcleo formulador de fake news”.
Além de Martins, Cid ainda citou outros aliados de Bolsonaro na delação. Os nomes não foram revelados, mas o ex-ajudante de ordens envolveu outros nomes que não eram foco das investigações envolvendo Bolsonaro.
A inclusão desses novos personagens foi essencial para que a Polícia Federal e o Supremo Tribunal Federal (STF) concordassem com a celebração do acordo. Entre eles há deputados e senadores, que possuem foro por prerrogativa de função e justificam a manutenção dos inquéritos no guarda-chuva da Corte.