Conselho de Segurança da ONU aprova cessar-fogo imediato em Gaza

Atualizado em 25 de março de 2024 às 12:32
Reunião do Conselho de Segurança da ONU. Foto: Reuters

Nesta segunda (25), o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) aprovou uma resolução que demanda cessar-fogo imediato na guerra em Gaza durante o Ramadã, que teve início no último dia 11 de março e termina em 9 de abril. O texto foi proposto pelo grupo de dez membros não permanentes do colegiado.

O texto ainda pede a soltura imediata e incondicional dos reféns feitos pelo Hamas no ataque de 7 de outubro ao território israelense e determina a garantia de acesso humanitário a Gaza. Secretário-geral da ONU, António Guterres afirmou que a resolução deve ser implementada e que “o fracasso seria imperdoável”.

“Demanda um cessar-fogo imediato pelo mês de Ramadã, respeitado por todas as partes e que conduza a um cessar-fogo duradouro, e demanda também a liberação imediata e incondicional de todos os reféns”, diz o texto aprovado no conselho.

A aprovação da resolução do cessar-fogo ocorre após um fracasso de um texto semelhante proposto pelos Estados Unidos na última sexta (22), que foi vetado por Rússia e China. Desta vez, os americanos se abstiveram da votação e os demais 14 membros do Conselho de Segurança votaram favoravelmente.

Essa foi a quinta fez que o colegiado tenta votar uma resolução de cessar-fogo na guerra, que já deixou mais de 32 mil mortos. A aprovação ocorre em meio às negociações de trégua mediadas pelos Estados Unidos, Catar e Egito, e no mesmo dia em que um relatório da ONU chama o ataque aos palestinos de “genocídio” pela primeira vez.

A embaixadora americana Linda Thomas Greenfield explicou a abstenção durante a votação e afirmou que não foi favorável ao texto por não existir uma condenação explícita ao Hamas. Ela afirma que as negociações estão chegando “perto de um acordo” e que “o cessar-fogo poderia ter ocorrido há meses se Hamas tivesse liberado reféns”.

Após o veto de Rússia e China à resolução americana, a embaixadora afirmou que os países “não estão interessados em paz” e “usam esse conflito como projeto político para dividir o conselho”.

Siga nossa nova conta no X, clique neste link

Participe de nosso canal no WhatsApp, clique neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link

Caique Lima
Caique Lima, 27. Jornalista do DCM desde 2019 e amante de futebol.