Coronel do Exército mandou soltar bolsonaristas que invadiram QG após atos terroristas

Atualizado em 28 de julho de 2023 às 9:22
QG bolsonarista em Brasília – Foto: Reprodução

Um relatório do Exército mostra que 13 bolsonaristas presos por invasão em área do Quartel-General, em Brasília, após os atos terroristas do 8 de Janeiro, foram liberados por ordem de um tenente-coronel. A informação é do Metrópoles.

Os 13 golpistas, nove homens e quatro mulheres, invadiram o QG por volta de 0h30, por uma entrada na cerca próxima à Divisão de Educação Física, um dos primeiros pontos de acesso do Setor Militar Urbano (SMU) de quem vem da Esplanada dos Ministérios.

Um soldado que estava de prontidão no local, sozinho e desarmado, os rendeu. Logo em seguida, a Companhia de Guarda foi chamada, os simpatizantes do ex-mandatário foram revistados e presos.

Após a ação, eles seriam recolhidos devido à invasão a uma organização militar, com o agravante dos itens apreendidos. No entanto, a ordem do tenente-coronel do Exército Moacir Mendonça Lima, comandante da Base de Administração e Apoio do Comando Militar do Planalto (CMP), contrariou todo o procedimento padrão.

Os apoiadores do ex-capitão foram liberados e o militar de alta patente permitiu que o grupo pudesse se esconder na Praça dos Cristais, onde os bolsonaristas estavam concentrados.

Militares no QG bolsonarista em Brasília – Foto: Reprodução

Vale destacar que, no dia seguinte, mais de mil golpistas foram presos no acampamento. Entretanto, a lista com o nome de todos os detidos no dia 9 conta com apenas dois dos 13 invasores: Bruno Edson Gabriel Marinho, natural do Rio de Janeiro, e Guilherme Cazelli Conde, de Mato Grosso. Ambos são monitorados com tornozeleira eletrônica. 

O Exército alegou que a invasão ocorreu por “desorientação”: “Durante a apuração sumária da ocorrência, constatou-se que o acesso ao local havia ocorrido por desorientação dos envolvidos, não tendo sido identificada a caracterização de dolo de invadir e/ou permanecer no local de forma irregular, o que motivou a liberação do grupo e o registro da ocorrência apenas para controle da informação”, afirmou.

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