Corregedor que denunciou pressão na Receita sob Bolsonaro é exonerado

Atualizado em 9 de março de 2023 às 12:26
O auditor João José Tafner (ao centro), com Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), em 2018. Foto: Reprodução/Instagram
O auditor João José Tafner (ao centro), com Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), em 2018. Foto: Reprodução/Instagram

João José Tafner, corregedor da Receita Federal, foi exonerado nesta quinta (9). Ele pediu para deixar o cargo após alegar que foi pressionado para não apurar quebra de sigilos fiscais de desafetos da família Bolsonaro.

Aliado da família Bolsonaro, ele afirmou ter sofrido pressão para poupar um funcionário da Receita que era suspeito, em 2019, de quebrar irregularmente os sigilos fiscais de inimigos do clã. Segundo Tafner, a pressão foi feita por dois ex-funcionários da Receita que ocupavam cargos da cúpula do órgão durante a gestão do ex-presidente.

Ele foi alçado ao cargo com a ajuda de Flávio Bolsonaro, um dos interessados nas quebras de sigilo irregulares, já que um dos alvos foi Eduardo Gussem, ex-procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro responsável pelas investigações de rachadinha na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).

As quebras de sigilo ocorreram em 2019 e o responsável foi Ricardo Feitosa, então chefe de inteligência da Receita. Além de Gussem, Paulo Marinho, ex-aliado de Bolsonaro, e Gustavo Bebianno, ex-ministro do governo do ex-presidente, também tiveram dados acessados.

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