Cotado para STF, Jorge Messias diz que AGU investiga rede profissional de fake news

Atualizado em 17 de setembro de 2023 às 22:50
Messias é o preferido para a vaga do Supremo. Foto: Renato Menezes/AsocmAGU/Reprodução.

O ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU) e um dos cotados para a próxima vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), Jorge Messias, tem protagonizado movimentos que captaram a atenção da esfera política nas últimas semanas, sinalizando uma possível indicação por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Messias tomou duas ações notáveis recentemente, a primeira em resposta à anulação das provas do acordo de leniência da Odebrecht na Lava Jato pelo ministro Dias Toffoli. Ele ordenou a criação de uma força-tarefa para investigar as autoridades envolvidas na situação.

O segundo movimento envolveu a Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia (PNDD), um braço interno da AGU, na investigação do jornalista Alexandre Garcia. A PNDD foi estabelecida por Lula em janeiro para combater a “desinformação sobre políticas públicas,” embora tenha gerado controvérsias devido a preocupações de avaliações arbitrárias.

A PNDD foi criada por Lula para representar o governo no combater à desinformação sobre políticas públicas. Foto. Reprodução.

Em entrevista ao Estadão durante um evento, Messias mencionou uma atuação mais abrangente da Procuradoria contra uma “atuação profissional” na disseminação de notícias falsas, apontando para a importância do combate à desinformação sobre políticas públicas essenciais, como a vacinação. A AGU demonstra preocupação com a prática que mina a confiança nas instituições e coloca vidas em risco. A PNDD já conduziu investigações sobre a disseminação de fake news relacionadas a vacinas e à política de transplantes, visando uma rede de atores, não alvos específicos.

A possível nomeação de Jorge Messias para o STF ganha força à medida que ele se posiciona em questões de destaque no cenário político, aguardando-se a abertura da vaga no tribunal pela aposentadoria da ministra Rosa Weber em setembro.

Participe de nosso grupo no WhatsApp, clicando neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link