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Depoente da CPI, diretor da Prevent Senior ameaçou médico que denunciou a empresa

Pedro Benedito Batista Júnior, o diretor da Prevent Senior. Foto: Reprodução

O depoente da CPI da Covid desta quarta (22) é Pedro Benedito Batista Júnior, diretor-executivo da Prevent Senior. O colegiado havia agendado sua oitiva para a última quinta (16), mas foi adiada. Ele obteve um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para ficar em silêncio em questões que possam incriminá-lo.

A CPI apura uma denúncia de ex-funcionários da operadora de saúde de que eram pressionados para receitar cloroquina aos pacientes sem seu consentimento.

Leia também:

1 – Bolsonaro admite medo de ser preso por receitar cloroquina e mentir sobre o sistema eleitoral

2 – Quem são os empresários que Bolsonaro favoreceu no lobby da cloroquina

Diretor da Prevent Senior ameaçou médico que denunciou a empresa

Um médico que denunciou a empresa por pressão para prescrever o “kit covid” foi ameaçado por Batista. O diretor da Prevent ameaçou prejudicá-lo profissionalmente e expor sua filha e sua família.

Ele promete provar que o médico “mentiu” e é “um cara antiético”, e prossegue:

“Eu só te falei isso nessa ligação: você tem muito a perder, é sua filha, sua família, que vai ser exposta por uma mídia que hoje destrói tudo”.

A ameaça virou boletim de ocorrência na Polícia Civil.

Entenda o estudo da cloroquina que omitiu mortos para falsear resultados

Um estudo da empresa, que contou com apoio de Jair Bolsonaro, omitiu mortos para falsear resultados da eficácia da cloroquina. O plano de saúde testou a eficácia da hidroxicloroquina, associada à azitromicina, para tratar da covid-19. Nove pessoas morreram durante os testes, mas só duas foram mencionadas.

Um médico que trabalhava na operadora afirmou que o resultado já estava pronto antes da conclusão dos testes. O dossiê que está na posse da CPI da Covid cita que as irregularidades partem de acordo entre o governo Bolsonaro e a Prevent. O estudo foi um desdobramento da negociação.

A pesquisa teve início em 25 de março. Fernando Oikawa, diretor da instituição, orientou os subordinados a não avisarem os pacientes sobre o teste.

Das nove pessoas que foram a óbito, seis tomaram cloroquina e azitromicina. Dois não ingeriram a medicação e um deles não se sabe o papel. Houve, pelo menos, o dobro de mortes entre os que tomaram as drogas. Em pré-print publicado em 15 de abril, o cardiologista Rodrigo Esper, também diretor, só mencionou duas mortes.

O estudo foi submetido ao Conep (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa) e aprovado. Mas o órgão voltou atrás por constatar que os testes foram feitos sem aprovação legal.

Diario do Centro do Mundo

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