Câmara de SP aprova criação de CPI Prevent Senior

Atualizado em 30 de setembro de 2021 às 16:29
Veja a Prevent Senior
Prevent Senior. Foto: Divulgação

Plenário da Câmara Municipal de São Paulo aprovou nesta quinta (30) a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para analisar e investigar todas as ações da operadora de saúde Prevent Senior realizadas na capital paulista e relacionadas à Covid 19.

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CPI contra a Prevent Senior

Requerimento para abertura da CPI foi apresentado pelo vereador Antonio Donato (PT).

Essa comissão será composta por cinco membros, e os líderes partidários têm agora uma semana para indicar os parlamentares que a integrarão.

A Prevent Senior também se tornou alvo da CPI da Covid, no Senado Federal, após ser acusada por ex-funcionários de submeter pacientes a experiências com o “kit covid” — conjunto de medicamentos ineficazes contra a doença — sem conhecimento das famílias. Um dossiê entregue à CPI apontou, inclusive, a existência de supostos atestados de óbitos fraudados, de forma a omitir mortes pela Covid-19.

Empresa nega as acusações e se diz alvo de difamação.

Na terça (28), em depoimento, a advogada Bruna Morato — representante de 12 médicos da Prevent Senior — disse à CPI que os médicos da operadora não tinham autonomia e que pacientes, incluindo aqueles com comorbidades, recebiam um “kit covid” com “receita pronta” para tratamento da doença.

Ainda segundo Bruna, não eram feitos exames preliminares, como testes cardíacos, antes da entrega dos kits, que também foram enviados como “brinde” a beneficiários do plano. Ao todo, oito itens chegaram a compor o kit de “tratamento precoce”, contou a advogada.

A sede da Prevent Senior em São Paulo foi alvo mais cedo de um protesto realizado pelo movimento Levante Popular da Juventude. No ato, a fachada da rede foi pintada de vermelho, uma referência ao sangue das vítimas da covid-19, e, na calçada, foi escrita a palavra “assassinos” em tinta branca.

“O Levante Popular da Juventude foi até a sede da empresa Prevent Senior, localizada na cidade de São Paulo, denunciar o sangue derramado nas mortes que poderiam ter sido evitadas, se não fosse o negacionismo e a política de morte do governo Bolsonaro”, disse o movimento nas redes sociais.