CPI suspeita que empresa de depoente fez “pagamento de vantagens indevidas” a políticos do Progressistas

Atualizado em 5 de outubro de 2021 às 9:33
Raimundo Nonato Brasil, sócio da VTCLog, depõe na CPI
Raimundo Nonato Brasil, sócio da VTCLog. Foto: Reprodução/TV Senado

Nesta terça (5), a CPI da Covid ouve Raimundo Nonato Brasil, sócio da VTCLog. A empresa presta serviços ao Ministério da Saúde desde 2018, na gestão de Ricardo Barros, no governo Temer. Senadores investigam se houve alguma irregularidade nos contratos da empresa com o governo Bolsonaro. As suspeitas incluem irregularidades na distribuição de vacinas contra covid.

A volta da VTCLog à CPI se dá por conta da denúncia de suposta propina envolvendo Roberto Dias, ex-diretor do Departamento de Logística. A ideia do colegiado era ouvir Carlos Alberto de Sá, dono da companhia. Ele, no entanto, apresentou atestado médico alegando que passa por tratamento contra o câncer.

Em 1º de setembro, a comissão ouviu Ivanildo Gonçalves, motoboy da empresa, que admitiu ter entregado dinheiro vivo ao dono da empresa. O colegiado diz ter provas de que o funcionário pagou boletos para o ex-diretor de Logística da Saúde.

Raimundo Nonato Brasil poderá ficar em silêncio na CPI. A autorização foi dada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli.

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CPI suspeita de “pagamento de vantagens indevidas” a políticos do Progressistas

No requerimento de convocação de Raimundo, os senadores Humberto Costa, Alessandro Vieira e Eliziane Gama citam “pagamento de vantagens indevidas a lideranças políticas do partido Progressistas”. No documento, os parlamentares dizem que a hipótese “aumenta a gravidade das denúncias”.

Segundo matéria do Jornal Nacional, citada no documento, um contrato da VTCLog com o Ministério da Saúde pode ter tido sobrepreço de R$ 17 milhões. Este valor seria usado para os pagamentos aos políticos do PP, de acordo com outra matéria mencionada no documento.