O assessor especial de relações internacionais da Presidência, Celso Amorim, se reuniu nesta quarta-feira (10) com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, membros de seu gabinete e com vice-ministro das Relações Exteriores, Andrij Melnyk.
À Folha de S.Paulo, o ex-chanceler disse que a visita foi “muito tranquila”. “O diálogo foi positivo, de criação de confiança, visando a explicar nossos objetivos para a paz”, afirmou.
Amorim, que não deu muitos detalhes da reunião, informou que em breve o governo irá compartilhar mais informações sobre o encontro em Kiev.
O objetivo da viagem à Ucrânia era que assessor ouvisse de Zelensky “quais são as principais exigências do governo ucraniano para dar início a negociações de paz”, segundo o Palácio do Planalto. Ao mesmo tempo, o encontro tinha objetivo de reforçar “a intenção do governo brasileiro de facilitar processos que estabeleçam negociações pela paz na região” abalada pelo conflito com a Rússia.
Em uma publicação nas redes sociais, Melnyk, que também é representante ucraniano para as Américas, ressaltou que “o Brasil pode desempenhar um papel importante para cessar a agressão russa e alcançar uma paz duradoura e justa”.
O vice-chanceler também citou o interesse em revigorar uma parceria estratégica selada em 2009. No final da publicação, ele agradeceu em português.
Happy to meet Chief Advisor of Brazilian President Lula da Silva @LulaOficial H.E. Minister Amb. Celso Amorim. Brazil can play an important role to stop Russian aggression & reach a lasting & just peace. We also strive to reinvigorate a ????2009 Strategic Partnership. Obrigado?? pic.twitter.com/VqTECq0jZQ
— Andrij Melnyk (@MelnykAndrij) May 10, 2023
Em nota, o ministério das Relações Exteriores da Ucrânia afirmou que avaliou positivamente as intenções do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de facilitar a paz na Ucrânia.
“Convidamos o Brasil a se engajar ativamente na implementação da fórmula de paz do presidente Zelenski”, diz um trecho do texto, que também agradece à diplomacia brasileira por vir condenando, em fóruns internacionais, a invasão russa.