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Crise hídrica e falta de insumos levaram país a estourar meta de inflação em 2021, diz BC

Em carta aberta, Campos Neto lista os motivos que levaram a inflação em 2021

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), atribuiu o estouro da meta de inflação em 2021 a vários fatores, como a criação da bandeira de energia elétrica de escassez hídrica, alta das commodities e a falta de insumos para as cadeias de produção.

Em uma carta aberta enviada ao presidente do Conselho Monetário Nacional (CMN), o também ministro da Economia, Paulo Guedes, Campos Neto justificou por que a inflação terminou o ano de 2021 em 10,06%, quase o dobro do teto da meta do ano de 5,25%.

No ano passado, o foco da meta para a inflação era de 3,75%, com margem de tolerância entre 2,25% e o limite máximo de 5,25%.

A carta enviada por Costa Neto é resultante do Decreto nº 3.088, de 21 de junho de 1999, que determina que explicações devem ser fornecidas sempre que a inflação no ano ultrapassar o teto da meta, como aconteceu 2021, ou ficar abaixo do piso.

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Principais fatores que levaram a inflação em 2021

Campos Neto explica que os principais fatores que levaram a inflação em 2021 a ultrapassar o limite superior foram: forte elevação dos preços de bens transacionáveis em moeda local, em especial os preços de commodities; bandeira de energia elétrica de escassez hídrica; e desequilíbrios entre demanda e oferta de insumos, e gargalos nas cadeias produtivas globais.

“O fraco regime de chuvas levou ao acionamento de termoelétricas e de outras fontes de energia de custo mais elevado durante a segunda metade de 2021, resultando em aumento expressivo das tarifas de energia elétrica”, comunicou o presidente do Banco Central.

Com a criação bandeira escassez hídrica em setembro do ano passado, houve o aumento de 49,6% sobre a bandeira anterior. Campos Neto, por precaução, assegurou que o Banco Central tem calibrado a taxa básica de juros (Selic) “e continuará a fazê-lo, com vistas ao cumprimento das metas para a inflação estabelecidas pelo CMN”.

“O Copom (Comitê de Política Monetária) considera que, diante do aumento de suas projeções e do risco de desancoragem das expectativas para prazos mais longos, é apropriado que o ciclo de aperto monetário avance significativamente em território contracionista. O comitê irá perseverar em sua estratégia até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”, afirmou Campos Neto.

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Beatriz Castro

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