“Cumprir a lei é obrigação do Exército. Não tem mérito”, diz General Tomás Paiva

Atualizado em 23 de setembro de 2023 às 13:40
General Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, durante evento no QGI (Quartel-General Integrado)… - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2023/09/22/general-tomas-diz-que-tropas-da-marinha-para-golpe-seria-aventura-maluca.htm?cmpid=copiaecola
General Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, durante evento no QGI (Quartel-General Integrado). Foto: Reprodução/YouTube

Atual comandante do Exército, o general Tomás Paiva assegura que seu antecessor, o também general Marco Antônio Freire Gomes, nunca foi a favor que nenhum golpe de Estado quando Jair Bolsonaro (PL) ainda era presidente da República. As informações são do blog de Andréia Sadi.

Na conversa com a jornalista, Tomás Paiva revelou que soube pela imprensa que o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, havia dito em depoimento à policia que testemunhou Bolsonaro e militares falarem sobre um possível golpe de Estado quando o ex-presidente não foi reeleito.

Na época, o comandante do Exército era Marco Antônio Freire Gomes e Paiva defendeu seu antecessor. “E faço questão de sempre dizer isso: o Exército não tem que ser enaltecido por cumprir a lei. É obrigação. Não tem mérito”, afirmou.

O que disse Mauro Cid à polícia?

Tenente-coronel Mauro Cid durante depoimento na CPMI dos atos golpistas de 8 de janeiro. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Em parte do seu depoimento feito à polícia federal, Mauro Cid contou que testemunhou Bolsonaro falar com um grupo de militares sobre a possibilidade de abrir precedente para uma intervenção militar que impedisse a troca de governo.

“O então comandante da Marinha, o almirante Almir Garnier Santos, teria dito a Bolsonaro que sua tropa estaria pronta para aderir a um chamamento do então presidente”, teria dito Mauro Cid, em parte do seu depoimento.

Já uma reportagem do Valor Econômico apurou que general Freire Gomes afirmou para Bolsonaro que o Exército não estava de acordo com as movimentações do ex-presidente. E que, se caso essa intervenção realmente acontecesse, o próprio general o prenderia.

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