
O jornalista Jamil Chade, correspondente internacional do UOL, relatou uma agressão da ministra Damares Alves no Twitter: “Na ONU, fui perguntar para Damares como ela considerava a questão do conflito na Ucrânia”.
“Ela me respondeu que não falava comigo. Quando eu perguntei o motivo de sua recusa, ela respondeu que se eu insistisse ela ‘chamaria a segurança’!”, acrescentou.
Na ONU, fui perguntar para Damares como ela considerava a questão do conflito na Ucrânia.
Ela me respondeu que não falava comigo.
Quando eu perguntei o motivo de sua recusa, ela respondeu que se eu insistisse ela “chamaria a segurança”!
— Jamil Chade (@JamilChade) February 28, 2022
LEIA MAIS:
1 – Jamil Chade é ameaçado após revelar busca do gabinete do ódio por ferramenta espiã
2 – “Anvisa, tem um sujeito que nunca respeita os protocolos”, diz Jamil Chade, sobre Bolsonaro
3 – Jamil Chade dá CV de novo chanceler: “nunca foi sequer chefe de departamento”
Jornalista dá mais detalhes
Jamil escreveu mais sobre o evento em sua coluna no UOL: “A ministra da Família, Mulher e Direitos Humanos, Damares Alves, fez um discurso nesta segunda-feira na abertura do Conselho de Direitos Humanos da ONU.
Mas, ao contrário de dezenas de autoridades, se limitou a transformar sua participação numa apresentação de programas do governo de Jair Bolsonaro.
A ministra não citou em nenhum momento o conflito armado de forma explícita, e apenas insistiu que o presidente Jair Bolsonaro defende a paz ’em todos os países do mundo’.
Ignorando o gesto de ‘arminha’ do presidente e seu discurso de ódio, ela destacou como ‘o presidente sempre promove a paz'” (…).
“Damares permaneceu por menos de duas horas na sala da ONU e sequer esteve presente quando a alta comissária de Direitos Humanos, Michelle Bachelet, e o secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, tomaram a palavra. A ministra só retorna ao Brasil na quinta-feira.
Sua participação na ONU ocorreu num momento de tensão internacional e quando a própria agenda do Conselho se volta à guerra e suas consequências. Dezenas de ministros tomaram a palavra antes e depois de Damares, com amplo foco na crise ucraniana”.
Quem desiste primeiro?
— DCM ONLINE (@DCM_online) February 25, 2022