Damares Alves é um caso tenebroso de má fé cínica e ignorância, algo que sobra neste governo, mas que encontra nela a representação de um ideal.
Sua nova cruzada, depois de quase destruir completamente a vida de uma menina de 10 anos estuprada pelo tio, é contra uma séria da Netflix.
Damares silencia sobre a conversa cafajeste e erotizada que Bolsonato teve com uma cantora mirim numa live, mas acha razoável investir sobre “Lindinhas” para agradar sua base de depravados.
“Não vamos ficar de braços cruzados. Deixa comigo”, respondeu ela a um bolsonarista que lhe levantou a bola.
O longa de estreia da diretora francesa Maïmouna Doucouré está na mira da extrema-direita no mundo todo. Ela recebeu ameaças de morte.
Para variar, é a histeria oportunista. O filme, na verdade, denuncia a erotização precoce.
A protagonista Amy (Fathia Youssouf) quer escapar do destino da mãe, uma imigrante do Senegal que se vê obrigada a engolir a segunda esposa do marido.
Junta-se a amigas do colégio e forma um grupo de dança que faz coreografias de divas pop.
Para esse bando, não importa a realidade.
O que vale é o cartaz de “Lindinhas” como prova de que a Netflix é favorável à pedofilia.
Cresce na foto a pilantragem de Damares em sua luta pela estupidez e o obscurantismo.
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