DCM ao Meio-dia: Advogado da Precisa se cala na CPI e senadores ficam pistola

Atualizado em 18 de agosto de 2021 às 12:49

Pedro Zambarda e Cássio Oliveira comentam o depoimento do advogado da Precisa, Túlio Silveira, à CPI da Covid.

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Túlio Silveira fez campanha para Bolsonaro e defende “tratamento precoce”

As redes sociais de Silveira, que assinou o contrato para compra da Covaxin, são um verdadeiro lamaçal bolsonarista.

Em 2018, ele fez campanha para Jair Bolsonaro.

A mulher do advogado, Elaine Medeiros Mano da Silveira, foi filiada ao PSL, antigo partido do presidente.

Os dois apoiam o “tratamento precoce” contra a Covid-19 nas redes sociais, além de convocarem para atos pró-governo.

Atuando como intermediária entre a pasta e a fabricante do imunizante, Bharah Biotech, a Precisa nunca divulgou o valor que arrecadaria nesta função.

Os documentos enviados pela farmacêutica no contrato da vacina apontam uma série de denúncias de fraude e irregularidades.

As denúncias causaram o cancelamento da compra da Covaxin, cujo valor total era de R$ 1,6 bilhão para custear 20 milhões de doses.

Túlio Silveira tentou fugir do depoimento

O Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu habeas corpus ao advogado da Precisa.

Ele alegou “sigilo profissional” para não ser “compelido a depor sobre a Precisa na CPI, sob pena de cometimento do crime de violação do sigilo funcional”.

O pedido foi acatado parcialmente pelo ministro Luiz Fux, que o permitiu não responder apenas a perguntas que possam incriminá-lo.