DCM Ao Meio-Dia: Diretor da CIA mandou governo Bolsonaro não questionar sistema eleitoral

AO VIVO. Cassio Oliveira e Pedro Zambarda fazem o giro de notícias e conversam com Lejeune Mirhan

Atualizado em 5 de maio de 2022 às 12:26
DCM Ao Meio-Dia: Diretor da CIA mandou governo Bolsonaro não questionar sistema eleitoral
DCM Ao Meio-Dia: Diretor da CIA mandou governo Bolsonaro não questionar sistema eleitoral. Foto: Reprodução/DCMTV/YouTube

CIA é assunto. AO VIVO. Cassio Oliveira e Pedro Zambarda fazem o giro de notícias e conversam com Lejeune Mirhan. Veja o DCM TV.

O diretor da CIA (Agência Central de Inteligência dos EUA) disse no ano passado, em conversa com integrantes do governo brasileiro, que o presidente Jair Bolsonaro (PL) deveria parar de levantar dúvidas sobre o sistema de votação de seu país antes das eleições de outubro. A informação é da Reuters.

De acordo com duas pessoas familiarizadas com o assunto, que falaram sob condição de anonimato, os comentários vieram do diretor da CIA, William Burns, em uma reunião íntima a portas fechadas em julho de 2021. Burns foi, e continua sendo, o mais importante funcionário do governo dos EUA a se reunir em Brasília com o governo Bolsonaro desde a eleição do presidente dos EUA, Joe Biden.

Uma terceira fonte em Washington confirmou que uma delegação liderada por Burns disse aos principais assessores de Bolsonaro que o presidente deveria parar de minar a confiança no sistema eleitoral do Brasil. Essa fonte não tinha certeza se o próprio diretor da CIA havia expressado a mensagem.

A CIA se recusou a comentar o caso e o gabinete de Bolsonaro não respondeu ao contato da reportagem.

Isso levantou temores entre seus oponentes de que o chefe do Executivo brasileiro, que aparece atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas pesquisas de opinião, esteja semeando dúvidas para seguir o exemplo de Trump, rejeitando sua possível derrota no pleito de 2 de outubro.

Em várias ocasiões, ele aventou a ideia de não aceitar os resultados e atacou repetidamente o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Na semana passada, em seu último ataque, o ex-capitão do Exército sugeriu que os militares deveriam realizar sua própria contagem paralela de votos ao lado do tribunal.

Duas das fontes alertaram para uma potencial crise institucional se Bolsonaro perder por uma margem estreita, com escrutínio focado no papel das Forças Armadas do Brasil, que governaram o país durante um governo militar de 1964 a 1985 que Bolsonaro celebra.

LEIA MAIS:

1 – DCM Ao Meio-Dia: PDT deve rifar Ciro, diz Dirceu; pesquisa interna aponta vitória de Lula em estados-chave

2 – DCM Ao Meio-Dia: Viking de Copacabana com Daniel Silveira é o símbolo do golpismo bolsonarista

3 – DCM Ao Meio-Dia: Lula na Time é muito mais que uma capa. Entenda

Durante sua viagem não anunciada, Burns, diplomata de carreira indicado por Biden no ano passado, se encontrou no Palácio do Planalto com Bolsonaro e dois assessores de inteligência – o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, e Alexandre Ramagem, então chefe da Abin (Agência Brasileira de Inteligência).

Burns também jantou na residência do embaixador dos EUA com Heleno e o então chefe de gabinete de Bolsonaro, Luiz Eduardo Ramos, ambos ex-generais. As Forças Armadas do Brasil têm historicamente mantido laços estreitos com a CIA e outros serviços de inteligência norte-americanos.

Participe de nosso grupo no WhatsApp clicando neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link

VEJA O DCM AO MEIO-DIA