Caso de Israel é assunto. AO VIVO. Kiko Nogueira e Pedro Zambarda fazem o giro de notícias no DCM. Entrevista com o pesquisador Thomas de Toledo. Veja o DCMTV.
O jornal britânico Guardian, em parceria com outros veículos, revelou um escândalo de manipulação eleitoral muito mais grave que o da Cambridge Analytica. Tal Hanan, ex-agente das Forças Especiais de Israel, influenciou eleições em 33 países – inclusive o pleito brasileiro de 2022 – com sabotagens, hackeamento e desinformação automatizada.
Hanan, cuja empresa usa o codinome “Team Jorge”, diz que em 27 desses processos a sua empresa foi bem sucedida. O objetivo da empresa de análise de dados de Hanan é “distorcer a realidade” com propósitos políticos.
Para isso, eles usam estratégias militares de desinformação e mantém equipes em diversos países. Processos eleitorais foram sabotados na América do Sul, América Central, África e Europa. O preço pago por seus serviços varia de 6 a 15 milhões de euros por processo eleitoral influenciado.
Hanan invade as redes do Facebook, Instagram, WhatsApp, Telegram e GMail e usa mais de 30 mil perfis falsos para criar desinformação em diversos idiomas. Embora o Brasil não seja citado, as estratégias de Hanan coincidem com as práticas de de rede de um candidato brasileiro – o exemplo não foi explicitado por ser uma das seis derrotas da empresa.
O que eles fizeram
Questionado pelo jornal britânico por email, “Jorge” negou as acusações e diz não ter realizado nenhum malfeito. Conforme a apuração feita pelo consórcio de veículos jornalísticos, a empresa de Hanan também atuava para clientes privados. A empresa operou por mais de duas décadas sem ser descoberta.