Indulto de Bolsonaro é assunto. AO VIVO. Kiko Nogueira e Pedro Zambarda fazem o giro de notícias e conversam com o jurista Lenio Streck. Veja o DCM TV.
Os militares deram aval ao decreto do presidente Jair Bolsonaro (PL) que concedeu perdão ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), após ele ser condenado a 8 anos e 9 meses de prisão pelo STF (Supremo Tribunal Federal), na quarta-feira (20).
Segundo a repórter Andreia Sadi, os integrantes das Forças Armadas próximos do governo foram na contramão do que aconselhou o Centrão, que havia recomendado a Bolsonaro deixar a saída para a Câmara dos Deputados resolver a situação de Silveira. A ideia era pressionar o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), a salvar o mandato do parlamentar.
Lira chegou a entrar com um recurso no STF contra a condenação, mas Bolsonaro saiu do roteiro e procurou seus assessores e os militares que trabalham para o governo. De acordo com a jornalista, os membros do Exército “não só deram aval como comemoraram a decisão do presidente.”
Um general disse a ela que o mandatário aproveitou para “marcar posição e mostrar limites” para a Corte e que “duvida” que o decreto seja derrubado.
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Militares por trás do indulto de Bolsonaro
Esses militares costumam estimular o embate do chefe do Executivo com o Judiciário, além de terem patrocinado as investidas dele contra as urnas eletrônicas.
Um dos principais motivos para a raiva que as Forças Armadas têm do STF é a anulação das decisões da Lava Jato, o que liberou a candidatura do ex-presidente Lula (PT).
Outra razão, mais recente, são os áudios do Superior Tribunal Militar da época da ditadura que vieram à tona na semana passada. Trechos desses áudios em que os militares fazem piadas sobre os casos de tortura sofridos por presos durante o regime foram divulgados após um trabalho do historiador Carlos Fico.