
Polícia Federal é assunto. AO VIVO. Kiko Nogueira e Pedro Zambarda analisam as principais notícias. Entrevista com o advogado Kakay. Veja o DCMTV.
A Polícia Federal (PF) prendeu nesta sexta-feira (14) duas pessoas investigadas por crimes atrelados ao Orçamento Secreto. São as primeiras prisões desde que o esquema de compra de apoio político por parte do governo Bolsonaro passou a existir no Congresso.
Os irmãos Roberto e Renato Rodrigues de Lima, donos da empresa RR de Lima, são acusados de comandar um esquema fraudulento no Sistema Único de Saúde (SUS) de cidades do estado do Maranhão. A fraude consistia em registrar consultas médicas fictícias no sistema das prefeituras, que assim poderiam demandar o envio de emendas parlamentares para a saúde.
Nos registros oficiais do Congresso, Roberto Rodrigues de Lima aparece como solicitante de R$ 69 milhões em emendas do relator-geral do orçamento para municípios do Maranhão. Lima, que não possui mandato, é um dos “usuários externos” que assumem as solicitações de emendas do orçamento secreto.
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Investigação da PF
Segundo apontou reportagem da revista Piauí, em Igarapé Grande, a 365 km da capital São Luís, o desvio foi de R$ 7 milhões. Estima-se que cerca de 12,7 mil radiografias de dedo de mão foram forjadas para sustentar o esquema de desvio de dinheiro. O nome da operação é Quebra Ossos.
“No âmbito do município de Igarapé Grande/MA, os representados participaram de empreitada para inserir informações superestimadas de produção em sistemas eletrônicos do Sistema Único de Saúde – SUS, com o intuito de majorar indevidamente o teto de repasse de ações e serviços de média e alta Complexidade financiados com recursos de emendas parlamentares do famigerado ‘orçamento secreto’ (emendas RP 9), desviando os recursos através de contratos administrativos fraudulentos”, diz trecho da decisão do juiz Deomar da Assenção Arouche Júnior.