De shows em bordéis até acusação de sequestro: as polêmicas do projeto sertanejo Cabaré

Atualizado em 17 de novembro de 2023 às 17:42
Leonardo e Eduardo Costa em divulgação do Cabaré. Foto: reprodução

A franquia Cabaré, liderada pelo cantor bolsonarista Leonardo, encontra-se mais uma vez no centro de uma controvérsia. A Polícia Federal (PF) está conduzindo uma investigação sobre denúncias de sequestro, assédio sexual, importunação sexual e tráfico de pessoas relacionadas ao evento “Navio Cabaré”, que ocorreu entre os dias 12 e 15 de novembro, com a participação da dupla Bruno e Marrone.

Essa não é a primeira vez que o projeto Cabaré se vê envolvido em polêmicas, apesar de seu sucesso inegável. A trajetória do projeto tem sido marcada constantes conflitos nos bastidores, desde sua concepção até os recentes acontecimentos. 

A saga do “Cabaré” começou em 2012, quando Eduardo Costa teve a ideia de gravar um DVD em um bordel. A proposta envolvia a participação de Leonardo, que, apesar de inicialmente hesitante, viu uma oportunidade de revitalizar sua carreira. No entanto, a gravadora recusou o projeto devido ao receio da repercussão. O conceito foi engavetado, mas nunca esquecido por Eduardo Costa pelos bolsonaristas.

Dois anos depois, em 2014, Eduardo Costa e Leonardo, agora na mesma gravadora, ressuscitaram a ideia do Cabaré. A proposta foi reformulada para ser mais comercial, resultando no primeiro DVD gravado no “Estúdios Quanta”, em São Paulo. O lançamento oficial, em novembro daquele ano, foi um sucesso, impulsionando as carreiras dos cantores e consolidando a parceria.

Em 2016, o segundo DVD, intitulado “Cabaré Night Club”, manteve a sofisticação e recebeu investimentos pesados da gravadora. A parceria entre Eduardo e Leonardo tornou-se uma das mais icônicas da música sertaneja. No entanto, o projeto enfrentou a primeira repercussão negativa após surgirem relatos de disparidades nos bastidores, com Costa sendo acusado de maltratar a equipe.

A situação nos bastidores levou a uma pausa temporária no projeto em 2019. Eduardo Costa, conhecido por seu comportamento controverso, acabou se afastando do Cabaré, resultando em uma mudança na formação. Agora eram os também bolsonaristas Bruno e Marrone que estavam no negócio ao lado da ex-dupla de Leandro, que morreu em 1998.

A pandemia trouxe aumentou os desafios para o restabelecimento da marca, mas também oportunidades para o mundo da música. Impulsionados por Gusttavo Lima, as lives sertanejas ganharam destaque. O Cabaré, pressionado pelos patrocinadores, realizou uma versão online. No entanto, as controvérsias não cessaram, gerando revolta no público.

Leonardo e a dupla Bruno e Marrone no cruzeiro Cabaré. Foto: reprodução

Ainda com a presença de Eduardo Costa na realização da live, os artistas ostentaram bebidas e ficaram notavelmente embriagados durante a apresentação. Além disso, o cantor mineiro se envolveu em uma polêmica diretamente no mundo sertanejo, afirmando que “transaria” pensando no bebê da cantora Thaeme, da dupla com Thiago. 

Em resposta, ele se recusou a reconhecer o “equívoco”: “Onde eu errei, amor???? Não errei não amor, o show chama-se Cabaré e não culto da Igreja Universal, entendeu??? Sou um preparado pro meu trabalho e no Cabaré meu trabalho é falar besteira, parece sacanagem mas é uma realidade, meu trabalho é falar besteira”, escreveu em uma publicação.

Já em fevereiro de 2022, surgiram relatos sobre humilhação de Bruno a Marrone nos bastidores e a decisão de Leonardo em encerrar o projeto devido às constantes polêmicas. Mas eles seguiram com o Cabaré na versão aquática, uma vez que os pacotes para o cruzeiro já estavam sendo vendidos ao público.

Participe de nosso canal no WhatsApp, clique neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link