Decisão do TSE sobre Bolsonaro vem com “22 anos de atraso”, diz Octávio Guedes, da Globo, citando ACM

Atualizado em 30 de junho de 2023 às 22:23
Jornalista e comentarista político da GloboNews, Octávio Guedes. Foto: Reprodução

O jornalista e comentarista político da GloboNews, Octávio Guedes, disse nesta sexta-feira (30) que a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível está “atrasada” há 22 anos.

Durante a sua fala, o jornalista citou o ex-presidente do Senado Federal Antônio Carlos Magalhães, o ACM. “Hoje veio uma decisão com vinte e dois anos de atraso. Em 1999, Antônio Carlos Magalhães, um político da direita, um dos expoentes da direita brasileira, já dizia que Bolsonaro tinha eu ser cassado pois atentava contra a democracia”, afirmou.

“A visão do Antônio Carlos Magalhães, repito, um político de direita, foi hoje confirmado por um tribunal que não é nem de direita nem de esquerda. É neutro”.

Ex-presidente do Senado Federal, Antônio Carlos Magalhães, o ACM. Foto: Reprodução

Apesar da citação, Guedes errou na “idade” da declaração. O ex-presidente do Senado defendeu a cassação do mandato de Bolsonaro, que na época exercia o terceiro mandato de deputado federal, há 24 anos.

A declaração ocorreu após uma entrevista de Bolsonaro ao programa Câmera Aberta, da TV Bandeirantes.

Na ocasião, o então deputado disse que, na ditadura, os militares deveriam ter fuzilado “uns 30 mil corruptos a começar pelo presidente Fernando Henrique Cardoso”. Bolsonaro ainda defendeu o fechamento do Congresso Nacional.

Foi nessa entrevista, realizada após a campanha presidencial de 1998, que Bolsonaro disse que “votaria no Lula no segundo turno”.

ACM, que disse não ter assistido o programa, afirmou que a Câmara deveria cassar o mandato do então parlamentar. “Não tenho por que tomar conhecimento das loucuras de alguém que, evidentemente, está perdendo o senso. Se ele prega isso, a Câmara deveria cassar o mandato dele”, declarou.

Na decisão desta sexta-feira, os ministros do TSE entenderam que o ex-presidente praticou abuso de poder político e usou indevidamente os meios de comunicação ao atacar, sem provas, o sistema eleitoral brasileiro durante uma reunião com embaixadores, em julho do ano passado, no Palácio da Alvorada.

Veja o vídeo:

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