Com a aprovação do orçamento de 2022, 46 auditores e analistas da receita Federal que atuam em cargos de confiança como delegados e chefes do órgão tributário no estado de São Paulo decidiram pedir exoneração no dia de hoje (22). O Congresso Nacional aprovou ontem (21) o orçamento para a União do próximo ano.
Auditores e analistas em cargos de confiança alegam que Receita teve corte de 51,4% do seu orçamento de 2022 e que valor foi usado para reestruturar as polícias. Eles também afirmam que o governo descumpriu acordo de pagamento de bônus de R$ 450 milhões.
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Em carta, delegados pedem exoneração de cargos
Em carta de exoneração, os delegados dizem que o órgão integrante do Ministério da Economia, que é responsável por mais de 90% da arrecadação total da União, teve seu orçamento reduzido em 51,4%.
Entre os que deixaram os cargos em São Paulo estão chefes de alfândega, que atuam na liberação de mercadorias no Porto de Santos e nos aeroportos.
Eles dizem que os maiores cortes afetam a administração das unidades e a gestão de soluções informatizadas, ou seja, os programas utilizados no dia a dia para desenvolver os trabalhos como os programas que são utilizados pelos contribuintes. Os funcionários afirmam que existe o risco de não ter recurso para pagamento de contas de água e energia elétrica.
“Observa-se que o valor corte orçamentário proposto é proporcional ao valor destinado para a reestruturação da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, do Departamento Penitenciário Nacional e do Ministério da Justiça. Com isto temos que os valores que serão cortados da Receita Federal do Brasil serão utilizados para satisfazer os reajustes acordados com as carreiras retro citadas, numa demonstração de absoluto desrespeito à administração tributária.”, diz a carta.
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