Deputado bolsonarista descreve em depoimento como funciona o gabinete do ódio

Atualizado em 28 de maio de 2020 às 20:29
Heitor Freire e Bolsonaro. Foto: Reprodução/Focus.Jor

Publicado originalmente em O Povo

Presidente do PSL no Ceará, o deputado federal Heitor Freire foi um dos parlamentares já ouvidos no inquérito das fake news, que apura ataques virtuais a ministros do STF. Hoje desafeto de Jair Bolsonaro, Freire descreveu o funcionamento do chamado “Gabinete do Ódio” em depoimento. “Matheus Sales, Mateus Matos Diniz e Tercio Arnaud Tomaz, todos assessores especiais da Presidência da República, são os integrantes principais do chamado ‘Gabinete do Ódio’, que se especializou em produzir e distribuir fake news contra diversas autoridades”, detalha.

Trecho do depoimento de Freire ao Supremo aponta que assessores parlamentares administram diversas páginas nas redes sociais e grupos de Whatsapp, divulgando postagens ofensivas, quase sempre orientados pelo aludido grupo de assessores da Presidência.

Em outros trechos lê-se: “Dentre esses ataques coordenados, o depoente salienta a postagem quase simultânea em diversas páginas do Facebook de um vídeo ofensivo ao Supremo Tribunal Federal, comparando-o a uma hiena que deveria ser fustigada por leões. (…) Esse esquema é repetido em diversos outros Estados, podendo o depoente referir-se expressamente a Paraíba, Bahia, Pernambuco, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul. Possivelmente essas filiais existam em todos os estados.

Procurado por O POVO, Heitor Freire informou, via assessoria que por enquanto não irá comentar o caso.

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