Desembargadora dá 2° voto contra cassação de Moro; acompanhe o julgamento

Atualizado em 8 de abril de 2024 às 14:51
Sergio Moro (União Brasil-PR), senador e ex-juiz. Foto: reprodução

No Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), a desembargadora Cláudia Cristina Cristofani votou para rejeitar o pedido de cassação do mandato do senador Sergio Moro (União Brasil-PR). O julgamento, retomado nesta segunda-feira (8), entrou em sua terceira sessão de análise.

O voto da desembargadora desempatou o julgamento, que agora tem um placar de 2 a 1 contra a condenação de Moro por abuso de poder econômico nas eleições de 2022. Antes do voto, a participação de Cristofani foi questionada no julgamento por sua relação apontada como próxima a Moro. Porém, o TRE-PR afirmou que não afastaria nenhum desembargador do processo. Os dois tem uma foto juntos.

Sergio Moro e Cláudia Cristofani lado a lado. Foto: reprodução

“Para descobrir se houve gasto excessivo é obrigatório comparar, porque o abuso consiste em um super uso, em usar mais do que os outros. Até para saber se uma pessoa é alta ou baixa, é necessário compará-la com a média de altura das outras. A comparação é o que fará com que o elemento destoe do conjunto”, afirmou a desembargadora em seu voto.

“E tem prova de que não foram feitos pelo Sergio Moro”, acrescentou, referindo-se aos maiores gastos não comprovados nos autos.

Acompanhe o julgamento: 

Ainda estão pendentes as manifestações de Julio Jacob Junior, Anderson Ricardo Fogaça, Guilherme Frederico Hernandes Denz e Sigurd Roberto Bengtsson. As ações em julgamento foram movidas pelo PL e pela federação Brasil da Esperança, composta por PT, PCdoB e PV.

O relator do caso, desembargador Luciano Falavinha, votou, em 1º de abril, para rejeitar o pedido de cassação, absolvendo Moro. Já o segundo a votar, José Rodrigo Sade, divergiu e votou, na quarta-feira (3), para condenar Moro.

Essa corrente aberta por Sade levaria à cassação do mandato do senador, tornando-o inelegível até 2030, o que exigiria uma nova eleição para a escolha de um senador substituto.

As ações acusam Moro de ter desequilibrado a disputa ao Senado no Paraná por gastos considerados excessivos durante a pré-campanha. No final de 2021 e começo de 2022, Moro esteve em pré-campanha à Presidência da República, desistindo posteriormente e tentando ainda disputar o Senado por São Paulo, até ser barrado pela Justiça Eleitoral e concorrer em seu estado de origem.

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