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Dez motivos que dariam demissão por justa causa ao Mandetta. Por José Roberto Torero

Bolsonaro e Mandetta. Foto: Carolina Antunes/PR

Publicado originalmente no site da Rede Brasil Atual (RBA)

POR JOSÉ ROBERTO TORERO

Despido ou não despido o Mandetta? Será que é “despido” mesmo que se fala? Despido não é pelado? Será que o certo é despedeio? Despeidar eu sei que não é, porque despeidar é, quando a bufa está na saída, fazer ela entrar de novo. O brasileiro é uma língua complicada… Olha, Diário, o Mandetta está fazendo de tudo para ser despedido. Pensando rápido, sem fazer força (e eu nunca faço), juntei dez motivos que dariam demissão por justa causa:

1-) Deu entrevista para a Globo, o que todo ministro sabe que é proibido. Fizeram até clipezinho de fotos dele com netos. E o Mandetta ainda cumprimentou a “família de jornalistas do Fantástico”. Calhorda!

2-) A entrevista foi no Palácio das Esmeraldas, sede do governo do Caiado, que agora é meu inimigo.

3-) Eu disse na live que a gente já estava saindo desse negócio de covid-19, mas o cara me desmentiu e falou que maio e junho vão ser os piores meses.

4-) Ele disse “Seja conosco ou com outra pessoa”, quer dizer, se fez de vítima e falou que está a perigo no cargo.

5-) Insinuou que tem gente que acredita que o Coronavírus é uma arma chinesa, o que tá na cara que é indireta pro Weintraub e pro Dudu.

6-) Falou que “quando vc vê pessoas entrando em padaria, isso é claramente uma coisa equivocada”. E quem é que entrou em padaria esses dias? Eu!

7-) Disse que “a gente tem que ter uma fala única, unificada, porque o brasileiro não sabe se escuta o ministro ou o presidente”. Pô, é claro que tem que escutar eu!

Citou o Vinicius de Morais, que era comunista.

9-) Acho que me comparou com aqueles diabéticos que comem doce, mesmo sabendo que vão ficar cegos e pernetas.

10-) E não falou nadica da cloroquina, e tem que falar disso toda hora (se eu sair da presidência, acho que vou ser representante de laboratório farmacêutico).

Tá na cara que o Mandetta quer ser despedido. Aí as mortes vão ficar na minha conta e ele vai dizer: “Enquanto eu fiquei lá, só morreram uns mil. A coisa aumentou depois que me mandaram embora”.

O que eu faço, Diário? Deixo ele ficar até o fim, pra dividir a culpa com ele, ou mando o cara embora para não ter mais que ver a sua fuça?

Despedir ou não despedir, eis a questão (pô, acho que citei o Machado de Assis!).

Diario do Centro do Mundo

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