Dilma abre o jogo e desabafa sobre homenagem de Bolsonaro a Brilhante Ustra durante impeachment

Atualizado em 18 de novembro de 2021 às 18:31
Dilma
Dilma – Foto: Mario De Fina/Getty Images

Dilma Rousseff desabafou sobre a homenagem de Jair Bolsonaro a Carlos Alberto Brilhante Ustra, torturador da ditadura militar. Ela julga o episódio como “estarrecedor” e elogia a Comissão Nacional da Verdade:

“Sem a Comissão da Verdade, maiores barbaridades teriam acontecido, além daquele fato, que é um fato estarrecedor, que é a homenagem prestada no voto feito pelo atual presidente da República, como deputado federal, no dia do impeachment, em que ele vota em homenagem a um torturador, ao maior torturador pelo menos do estado de São Paulo, porque durou mais tempo na chefia do Doi-Codi II da Operação Bandeirantes”, avalia.

“Eu considero que aquele momento foi muito importante”, completa a ex-presidente cinco anos após o caso. Em 2016, Bolsonaro descreveu Ustra como “o pavor de Dilma” ao votar pelo golpe da então presidente.

Morto em 2015, Ustra foi chefe do Doi-Codi entre 1969 e 1974. No período, 60 pessoas foram mortas e ao menos 500 vítimas torturadas.

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Dilma lembra da Comissão Nacional da Verdade, que completa 10 anos

A comissão celebra 10 anos  nesta quinta (18). O colegiado foi formado em 2011, durante o primeiro mandato da petista e apurou as violações ocorridas entre 1946 e 1988. O relatório final foi entregue em 10 de dezembro de 2014, com 4,3 mil páginas. Foram expostas realização de torturas, prisões arbitrárias e perseguições políticas.

Para Dilma, “aquele momento foi muito importante” e o colegiado foi responsável por o período não cair no “esquecimento”. “Ignorar a história não pacifica mantém latente o ódio. A desinformação não ajuda a apaziguar. Ela facilita o trânsito para a intolerância”, avalia.

 

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