Direitos humanos, cerveja, mortes: Copa abre com polêmicas fora do campo. Dentro, Brasil é favorito

Atualizado em 19 de novembro de 2022 às 13:26
Foto oficial da seleção brasileira com a comissão técnica: time estreia na quinta-feira, às 16h, contra a Sérvia

Catar x Equador, às 13h (de Brasília), abre neste domingo (20) a 22ª e atípica Copa do Mundo. Atípica pela época, escolhida por razoes climáticas, e também pelo local. O país do Oriente Médio foi uma opção contestada desde o início, ainda em 2010. A ponto de o ex-presidente da Federação Internacional de Futebol (Fifa) Joseph Blatter ter dito, em entrevista recente, que a escolha foi um erro, “uma escolha ruim”.

Blatter, que renunciou em 2015 sob acusações de corrupção (foi absolvido recentemente), fazia referência às dimensões do país asiático. Mas os problemas são bem mais amplos. Vão desde as frequentes denúncias de violações de direitos humanos às informações de acidentes fatais envolvendo operários nas obras. Os números chegam a 6.500 mortes. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulga dados menores.

“Dano mental”

O cantor inglês Rod Stweart disse que não quis participar da cerimônia de abertura e fez referência à perseguição contra homossexuais no Catar. Em entrevista, o ex-jogador Khalid Salman, “embaixador” da Copa do Mundo, chegou a afirmar que a homossexualidade é um “dano mental”. Uma polêmica paralela foi a súbita decisão dos anfitriões de proibir a venda de cerveja no entorno dos estádios.

Além de Catar e Equador, a primeira rodada do Grupo A se completa amanhã (21) com Holanda x Senegal, também às 13h. No mesmo dia, pelo Grupo B, jogam Inglaterra x Irã (10h) e Estados Unidos x País de Gales (16h).

copa do catar
Se passar às oitavas da Copa do Catar, Brasil terá adversário do grupo H (Fifa)

Em meio às polêmicas extracampo, a seleção brasileira se prepara para a estreia, na próxima quinta-feira (24), às 16h, contra a Sérvia. No outro jogo do Grupo G, Camarões e Suíça se enfrentam às 7h. Assim, o Brasil completará sua participação na fase grupos nos dias 28 (Suíça, 13h) e 2 de dezembro (Camarões, 16h). Se passar às oitavas de final, enfrentará um adversário do grupo H, que tem Coreia do Sul, Gana, Portugal e Uruguai.

Europa x América do Sul

Com 26 atletas, o time do técnico Tite embarcou na última sexta (18) de Turim, na Itália, para o Catar. A equipe é apontada como a principal favorita do torneio. O Brasil foi justamente o último país da América do Sul a vencer a Copa, em 2002, contra a Alemanha.

O Brasil lidera o ranking dos campeões mundiais, com cinco títulos: 1958 (na Suécia), 1962 (Chile), 1970 (México), 1994 (Estados Unidos) e 2002 (Japão/Coreia do Sul). Alemanha e Itália têm quatro troféus cada. Argentina, França (atual campeã) e Uruguai têm dois. Espanha e Inglaterra, um. Assim, os europeus abriram vantagem sobre os sul-americanos (12 a 9), que não vencem há 20 anos.

Todos os campeões

1930 – Uruguai

1934 – Itália

1938 – Itália

1950 – Uruguai

1954 – Alemanha

1958 – Brasil

1962 – Brasil

1966 – Inglaterra

1970 – Brasil

1974 – Alemanha

1978 – Argentina

1982 – Itália

1986 – Argentina

1990 – Alemanha

1994 – Brasil

1998 – França

2002 – Brasil

2006 – Itália

2010 – Espanha

2014 – Alemanha

2018 – França

Publicado originalmente em Rede Brasil Atual

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