Duas semanas contra a barbárie. Por Fernando Brito

Atualizado em 19 de setembro de 2022 às 6:43
Boneco inflável gigante de Bolsonaro
Boneco inflável de Bolsonaro em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul – Reprodução/Instagram

Por Fernando Brito

Há pouco a comentar sobre qualidades, defeitos ou planos dos candidatos, numa eleição em que 80% dos votos estão consolidados.

Não é com isso que se definirá a única coisa que há por ser definida: se haverá ou não um segundo turno eleitoral.

Isso depende, agora, apenas da convicção de vitória que os dois principais candidatos vão conseguir dar às suas candidaturas.

A de Bolsonaro, podem reparar, assume no próprio candidato o discurso da “vitória em primeiro turno”, sem qualquer base nos fatos.

Corresponde, apenas, às desesperadas necessidades de manter aguerrido o núcleo de sua campanha.

A de Lula, ao contrário, de sinais inequívocos de força nos bem sucedidos comícios nas capitais da Região Sul, a que seria, segundo as pesquisas, a mais avessa à candidatura da oposição.

Isso precisa ser multiplicado nas capitais e nas regiões metropolitanas, para abafar a ofensiva bolsonarista que, sem nenhuma dúvida, virá nos dias finais.

Se vai ou não funcionar, como não funcionaram as “bondades eleitorais” do Governo, não se sabe. Provavelmente, não, mas é impossível garantir, porque já foge à racionalidade que pois de tudo o que aconteceu, Bolsonaro conserve 30% das intenções de voto.

O fato é que devemos estar prontos para uma ofensiva desesperada da extrema direita.

Originalmente publicado em TIJOLAÇO

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