“E aí, Netzsch?”: normas da empresa que agressor de Moraes representa no Brasil vetam assédio político

Atualizado em 16 de julho de 2023 às 11:02
Roberto Mantovani, que xingou Alexandre de Moraes, do STF, e agrediu seu filho em Roma. Foto: reprodução

O empresário Roberto Mantovani Filho, que agrediu o filho do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e xingou o juiz em um aeroporto em Roma no último sábado (15), tem vínculos com a empresa alemã de produtos industriais Netzsch.

Segundo o apontamento de um usuário do Twitter, a fábrica não permite que seus colaboradores pratiquem qualquer tipo de assédio, inclusive político. A informação sobre o código de conduta, facilmente encontrada no site da empresa, diz que “qualquer colaborador que se envolver em situações de discriminação estará sujeito a medidas disciplinares, com possibilidade até mesmo de demissão”.

Durante o incidente, uma mulher identificada como Andreia Munarão xingou Moraes, chamando-o de “bandido, comunista e comprado”. Moraes retornava de uma palestra na Universidade de Siena, uma das mais tradicionais do país, onde participou da 9ª Edição do “Summer School: Democracia e Desenvolvimento”.

Um terceiro sujeito, Alex Zanatta, continuou proferindo xingamentos ao lado de Roberto e Andreia.

No momento da abordagem, o ministro não estava acompanhado de escolta. O incidente ocorreu entre 18h45 e 19h, horário local. Moraes e os agressores pegaram voos diferentes – o trio seguiu para Guarulhos, enquanto o presidente do TSE seguiu para outro destino na Europa.

Os bolsonaristas serão investigados em liberdade por crimes contra a honra e ameaça.

Roberto Mantovani vive em Santa Bárbara d’Oeste, é natural de Socorro, interior do estado de SP, e pai de três filhos. Foi presidente do União Barbarense e ganhou fama como dirigente esportivo, quando ganhou o título da principal divisão de acesso do estadual em 1999.

Ele também é proprietário de empresa de bombas helicoidais e acessórios para usinas industriais. Em seu perfil no LinkedIn, se apresenta como diretor-geral da Helifab Bombas e Acessórios. Recentemente, nas redes sociais, espalhou fake news sobre urnas e os códigos-fontes.

Em 2019, participou de um programa de entrevistas do SBT. Veja o vídeo:

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