Eduardo Bolsonaro participa de evento da extrema-direita com Bannon acusando eleição de fraude

Atualizado em 19 de novembro de 2022 às 17:31
Eduardo Bolsonaro ganha camisa da seleção mexicana no CPAC no México

A Conferência Política de Ação Conservadora (CPAC) reuniu nos últimos dois dias no México nomes como o picareta Steve Bannon, o chileno José Antonio Kast, o argentino Javier Milei, o espanhol Santiago Abascal, e Eduardo Bolsonaro.

O ex-presidente da Polônia, Lech Walesa, ex-sidicalista que hoje virou anticomunista, também participou.

Segundo a edição mexicana do El País, as palavras de Steve Bannon, que as proferiu por videoconferência, eram aguardadas com grande expectativa.

Bannon, o guru do fascismo no mundo, alertou para os riscos do voto eletrônico e acusou México e Brasil de “roubar as eleições e roubar a soberania”.

Acrescentou que “eles não vão desistir” dos EUA e continuarão a investigar e responsabilizar o “regime ilegítimo” de Joe Biden. “Veja nas ruas do Brasil, os grandes patriotas estão em perigo enquanto a mídia global se concentra em Lula” — a quem chamou de “criminoso transnacional”.

O Zero 2 repetiu teorias conspiratórias sobre a integridade eleitoral do Brasil e arrancou aplausos com vídeos de golpistas nas ruas. Ainda acusou a esquerda de ter roubado as eleições do país e de ter libertado Lula da prisão por conluio com os juízes.

“Meus amigos, estamos juntos no mesmo barco”, declarou. Foi chamado pelo anfitrião Eduardo Verástegui de “futuro presidente do Brasil”.

“A imprensa diz que [Jair] Bolsonaro é machista, homofóbico, racista, mas quem não gostaria de ter um presidente cristão, contra o aborto, pró-armas e redução de impostos?”, prosseguiu.

Segundo o sujeito, no Brasil virou crime questionar as eleições. “A esquerda diz qual é a narrativa e a narrativa precede as decisões judiciais”, falou.