Eleições 2022 ajudaram a azedar relação entre Câmara e Senado

Atualizado em 15 de setembro de 2021 às 21:15
Deputados e senadores discutiram projetos de reforma eleitoral na presidência do Senado – Foto: Reprodução

A discussão das mudanças no sistema eleitoral tem pegado fogo. Nesta quarta (15), líderes de partidos da Câmara e do Senado e os presidentes das duas Casas se reuniram para discutir a pauta.

Houve uma grande pressão dos deputados para destravar projetos que a Câmara já aprovou, mas que o Senado não analisa. O principal motivo da briga é a volta das coligações. Foi constatado que ressuscitar as federações partidárias é mais viável. Acordo, porém, não saiu.

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Descontentamento

A reunião foi uma iniciativa dos deputados. O objetivo era expor o descontentamento a líderes do Senado como forma de passar o recado de que a relação entre as Casas vai azedar se as regras eleitorais não forem apreciadas pelos senadores. Uma forma comum de retaliação no Legislativo é uma Casa não votar o que a outra aprovou.

Se nada for alterado, as eleições de 2022 serão as primeiras sem coligações para eleição proporcional. A regra ameaça a sobrevivência política de vários deputados, mas não de senadores.

A alternativa mais viável às coligações, avaliam congressistas, é derrubar o veto de Jair Bolsonaro às federações partidárias. Os entusiastas de mudanças no sistema eleitoral têm pressa. Só valerá em 2022 as alterações que estiverem em vigor até 1º de outubro.

Código Eleitoral

Os deputados também se preocupam com o projeto de Código Eleitoral. A proposta compila regras da área, mas também faz alterações relevantes. Com a proposta de 900 artigos, os senadores não demonstram entusiasmo para analisar o projeto rapidamente.