Em carta, Lula diz que religião é direito sagrado e fundamental: “Em nosso governo não será diferente”

Atualizado em 12 de outubro de 2022 às 10:24
Montagem de fotos de Lula, sorrindo e olhando para cima em sinal de agradecimento
Luiz Inácio Lula da Silva (PL) – Reprodução/Instagram

Nesta quarta-feira (12), dia de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) divulgou uma carta intitulada “Religião: Um direito sagrado e fundamental”, em que destacou a importância do papel exercido por todas as religiões. Ele lembrou que, desde a primeira Constituição Brasileira de 1824, os brasileiros têm seu direito à liberdade religiosa assegurado. “Em nosso governo não será diferente”, afirma o candidato à Presidência.

O texto é uma espécie de resposta à ideia compartilhada pela campanha de Jair Bolsonaro (PL), de que um eventual governo Lula iniciará uma perseguição à evangélicos, além de fechar igrejas. “Neste dia 12 de outubro de 2022, em que celebramos o dia da Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, quero me dirigir ao povo brasileiro para afirmar que a religião é um direito sagrado e fundamental e que se deve ser respeitado por todas e todos nós”, diz trecho texto.

“Todas as religiões exercem um papel essencial na formação do ser humano. Portanto, as igrejas são instituições de fundamental importância na constituição de uma sociedade e precisam ser valorizadas, pois além de serem espaços sagrados de celebração e relação com Deus, ajudam a promover a paz, a justiça e a fraternidade”.

Na sequência, a carta assinada por Lula diz que esse direito não é algo novo. “Desde a primeira Constituição Brasileira de 1824, temos assegurado o direito à liberdade religiosa no Brasil. Esse direito se tornou pleno com a Constituição Federal de 1988”, lembra, citando ainda o Artigo 5º inciso VI.

“Portanto, nossa Constituição garante que todos/as os/as brasileiros/as e estrangeiros/as que moram no Brasil são livres para escolher sua religião, praticar e professar sua crença e fé, seja num ambiente doméstico ou em um lugar público”.

Lula também nega que seu governo tenha a intenção de mudar isso: “Em nosso governo não será diferente. Todas as religiões e templos religiosos serão respeitados e tratados com dignidade, como já fizemos em nossos governos anteriores”.

“Na condição de Católico que sou, neste dia tão especial para o Brasil, quero pedir, por intercessão de Nossa Senhora Aparecida, que Deus nos abençoe para que possamos construir uma nação democrática, justa, independente e soberana, onde todos e todas ‘tenham vida e vida em abundância’ (Jo 10.10)”, finaliza o texto, com um versículo bíblico.

Confira abaixo:

Carta de Lula sobre religião

Lula não quer “alimentar guerra religiosa”

Lula disse a pessoas próximas que decidiu não ir ao Círio de Nazaré, no Pará, e a Aparecida do Norte, em São Paulo, neste feriado, para não “alimentar a guerra religiosa” iniciada por Jair Bolsonaro, diz coluna de Guilherme Amado, no Metrópoles.

Na visão do petista, a presença dele nos dois eventos religiosos seria considerada como mera tentativa de colar sua imagem ao catolicismo, quando, na avaliação de Lula, seus oito anos de governo e sua biografia já falam por si para provar seu respeito com a fé alheia e com os cristãos.

Participe de nosso grupo no WhatsApp, clique neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link