Em comunicações internas, Itamaraty equiparava caso Marielle com facada contra Bolsonaro

Atualizado em 17 de fevereiro de 2023 às 20:11
Marielle Franco falando ao microfone
Marielle Franco. Foto: Agência Brasil

Durante o governo de Jair Bolsonaro, a embaixada do Brasil na França relatou “indignação” com pedido de partido francês sobre a investigação da morte de Marielle Franco. Em telegrama, Luís Fernando Serra, embaixador do Brasil na França, questionou o fato de a repercussão da morte da vereadora não ter tido o mesmo tratamento da facada em Bolsonaro, em 2018. A informação é da CNN.

O telegrama que falava sobre o pedido do partido francês ocorreu em janeiro de 2020 e foram colocados sob sigilo de 100 anos pela administração do ex-presidente. Ele relatou que recebeu uma carta de Christine Pirès Beaune, deputado pelo Partido Socialista da França, questionando o andamento das investigações.

O embaixador Luís Fernando Serra comparou a morte de Marielle ao atentado sofrido por Bolsonaro na campanha eleitoral de 2018 e o caso de Celso Daniel, ocorrido em 2002. “Fiz constar nas missivas minha profunda indignação com tratamentos tão díspares em relação a crimes sobre os quais as investigações tinham chegado a conclusões similares”, afirmou no telegrama.

Ele ainda reclamou de não ter recebido um pedido sobre a investigação sobre a facada. “Deixei registrado que estes dois crimes, tão graves quanto aqueles com os quais as parlamentares muito se preocupam, não tinham delas recebido qualquer manifestação”, prosseguiu.

O assassinato de Marielle e Anderson Gomes segue sem solução quase cinco anos depois. Flávio Dino, ministro da Justiça, anunciou uma força-tarefa entre a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) para elucidar o caso.

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