Empresária bolsonarista pagou painel associando esquerda ao PCC em Porto Alegre

De acordo com o documento apresentado à Justiça Eleitoral no processo que terminou com a retirada dos outdoors, Nair pagou R$ 18.478,26 pelos serviços de “ressarcimento das despesas diretas com terceiros de produção”, “produção da tela a ser impressa e instalada”, “despesas gráficas de impressão da lona”, “mão de obra de instalação e retirada”, “aluguel da parede” e “energia elétrica”.

Ainda segundo a nota, os custos de exibição foram uma “bonificação” da empresa.

O Instagram dela emite um aviso para quem quiser seguí-la de que é um perfil que divulga mentiras e fere as diretrizes da comunidade.

Há fotos com Bolsonaro e outros do quilate de Bia Kicis e Tarcísio Freitas. Além disso, publicações contra as medidas sanitárias na pandemia e mentiras sobre o assunto. 

Em 2020, ela entrou com requerimento na Câmara de Vereadores de Porto Alegre pedindo o impeachment do então prefeito da cidade, Nelson Marchezan Júnior (PSDB).

Os banners vinculavam a esquerda – representada por uma foice e um martelo – a temas como “aborto”, “censura”, “povo desarmado”, “ideologia de gênero”, “bandido solto” e “PCC”.

Ao lado, outra coluna ligava a direita a “vida”, “liberdade”, “povo armado”, “valores cristãos”, “bandido solto” e “a favor da polícia”.

Os outdoors haviam sido instalados nos bairros São João e Bom Fim. Sócio da Life, o empresário Leonardo Zigon Hoffmann rebateu críticas com o slogan “Brasil acima de tudo. Deus acima de todos”.