Empresária bolsonarista proíbe jornalistas em evento com ministros do STF em Londres

Atualizado em 25 de abril de 2024 às 12:55
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

O evento “1º Fórum Jurídico – Brasil de Ideias”, organizado pela empresária bolsonarista Karim Miskulin em Londres, na Inglaterra, impediu a entrada de jornalistas para acompanhar a participação de autoridades brasileiras nesta quinta (25). O encontro conta com três ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), membros do governo Lula, o ex-presidente Michel Temer e o chefe da Polícia Federal.

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo afirmou que não sabia que a imprensa estava proibida. “Isso não nos foi informado. Eu não sabia, vou me informar”, disse o magistrado na entrada do evento a jornalistas da Folha de S.Paulo.

Também presente no evento, Alexandre de Moraes foi questionado se falaria com jornalistas ao fim do dia, mas respondeu: “Nem a pau”. O ministro Dias Toffoli também participa do fórum e não se pronunciou sobre o tema. Profissionais de imprensa da Folha, da TV Globo e da TV Record também foram barrados.

O evento ocorre no luxuoso Hotel Peninsula, cujas diárias chegam a custar mais de 900 libras (cerca de R$ 5,8 mil) e os jornalistas também não obtiveram permissão para permanecer no mesmo andar em que o fórum ocorre.

A empresária Karim Miskulin e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução

O Grupo Voto alega que “o fórum é um evento privado”. Em seu material de divulgação, a entidade afirmou que se trata de uma “missão internacional, perpetuando o espaço democrático e promovendo um diálogo construtivo em prol do avanço do Brasil”.

Além dos magistrados, há aproximadamente 50 outras autoridades no encontro. A lista de presença para o fórum incluiu nomes como os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça) e Alexandre Silveira (Minas e Energia); o advogado-geral da União (AGU), Jorge Messias; o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues; o procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet; e alguns integrantes do STJ (Superior Tribunal de Justiça).

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