Parte por desleixo da prefeitura, parte pela força dos ventos: o fato é que a cidade de São Paulo vive o caos desde a sexta-feira, 11, quando foi assolada por um temporal de grandes proporções.
O prejuízo, para variar, cai no lombo da população.
Responsabilidades? Ninguém assume.
O prefeito Ricardo Nunes culpou as árvores, podres, sem poda, relegadas.
De quem se esperava alguma resposta, já que todos os meses emite o boleto para a população pagar no banco, o descaso é igual: a Enel, responsável pela distribuição de energia nas casas, informou na tarde deste sábado, 12, que restabeleceu a energia para cerca de 650 mil clientes.
É pouco: no momento, 1,45 milhão ainda estão sem luz na capital e grande SP.
Esse não é o único problema: pior é ver a companhia informar que não há um prazo para o restabelecimento.
“Não quero passar uma previsão para vocês sobre a qual eu não tenho evidência real que vamos conseguir atender”, afirmou o presidente da empresa, Guilherme Lencastre. “Temos consciência do transtorno, sabemos da nossa responsabilidade”.
O candidato de oposição, Guilherme Boulos, reclama com razão da inoperância do atual mandatário Ricardo Nunes, que disputa com o representante do PSOL, no dia 27 deste mês, quem vai comandar os destinos da cidade a partir do ano que vem.
Enquanto Boulos reclama, Nunes tira o corpo.
A quem recorrer?