Empresária e atual responsável pela gestão do patrimônio do Grupo João Lyra, Maria de Lourdes Pereira de Lyra, a Lourdinha Lyra, processou sua irmã, Thereza Collor, ex-cunhada do ex-presidente Fernando Collor de Mello, por calúnia. A queixa-crime cita calúnia e difamação, e pede uma compensação financeira por danos a reputação.
Thereza acusa Lourdinha de ser responsável pela má gestão do patrimônio do grupo e a redução dos valores dos bens da família. Ela foi nomeada responsável pelos negócios da família em 2018 após problemas de saúde de João Lyra, patriarca e ex-político.
João faleceu em agosto de 2021, vítima de Covid, e Lourdinha assumiu o controle total do patrimônio. Ela também administra a Laginha, empresa que faz parte do conglomerado familiar e está em processo de falência.
Em entrevista feita à revista IstoÉ no final de 2023, Thereza criticou as escolhas de parceria feitas por Lourdinha na gestão e a acusou de falta de transparência e autoritarismo. Ela também afirmou que a irmã prejudicou a mãe delas, Solange Queiroz Ramiro da Costa, credora da empresa falida.
Na Justiça, os advogados de Lourdinha alegam que as acusações da irmã são infundadas e têm como objetivo fazê-la renunciar ao papel administrativo. Ela diz que as alegações não têm base factual e são uma reação à insatisfação com as decisões judiciais relacionadas ao processo de falência.
As duas estão em meio a uma disputa judicial desde 2021. A fortuna de Lyra foi avaliada em R$ 1,9 bilhão em 2017 e, com correção monetária, pode chegar a R$ 2,7 bilhões em valores atuais. Lourdinha já foi alvo de processos de Thereza e dos irmãos, João e Ricardo Lyra, anteriormente.