Espionado pela Abin paralela, Randolfe diz que “foi preço pago na defesa da democracia”

Atualizado em 3 de fevereiro de 2024 às 14:32
O senador Randolfe Rodrigues. Foto: reprodução

Com os desdobramentos das investigações sobre as espionagens ilegais feitas dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), alguns nomes de pessoas espionadas começam a ser divulgadas. Um dos nomes mais conhecidos é do senador Randolfe Rodrigues, que atuou como vice-presidente da CPI da covid-19 combatendo o bolsonarismo no Congresso e no Executivo.

Ao saber que seus dados estavam em posse dos agentes da Abin, Rodrigues encaminhou ao DCM uma nota afirmando que perder sua privacidade “foi o preço pago na defesa da democracia”. Leia:

“A violação dos direitos fundamentais à vida privada, à honra e ao sigilo pessoal remetem às páginas mais autoritárias e obscuras da história do Brasil e da humanidade. Quaisquer indícios de violações a tais direitos devem ser rigorosamente apurados e punidos. Por ora, aguardamos manifestação oficial quanto às autoridades que foram ilegalmente monitoradas pelo esquema de espionagem no governo anterior.

Tem significado de diagnóstico o fato de que, além do meu monitoramento pessoal, a maioria dos parlamentares citados nas revelações de hoje eram integrantes da CPI da COVID, o que confere tons de tragédia ainda maior à situação. Enquanto brasileiros morriam, o governo anterior se preocupava em espionar a vida dos que investigavam as razões do genocídio em curso.

Quanto a mim, as informações do monitoramento somam-se às ofensas e às agressões que meus familiares e eu vivenciamos no triste período passado. Tranquiliza-me a certeza de que esse foi o preço a ser pago na defesa da democracia.

Por fim, fica patente que a eleição do presidente Lula, mais do que defender a democracia, significou restaurá-la”.

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