Advogada do TSE defende urna eletrônica e diz que resultado pode ser conferido
A advogada Aline Osório é Secretária Geral do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) falou com a jornalista Malu Gaspar durante o podcast Malu ta On, do O Globo, e defendeu a urna eletrônica, além de detonar a insistência de voto impresso, que vendo defendida pela trupe bolsonarista.
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Com carreira internacional num escritório em Paris, a advogada de 33 anos voltou ao Brasil no início da pandemia, a convite de Luis Roberto Barroso, para assumir o cargo de Secretária Geral do Tribunal e defender a segurança das urnas eletrônicas, além de combater a desinformação sobre as eleições brasileiras.
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Em trecho da conversa ela é incisiva ao dizer que o voto impresso não mudará o discursco de fraude. “É ingênuo achar que a implantação do voto impresso vai calar algum discurso de fraude”, e insiste. “Quantos candidatos derrotados vão pedir recontagem e vão querer questionar o resultado na Justiça? As eleições ao final vão ser decididas por juízes, não pelos cidadãos. A política vai se tornar uma grande guerra de liminares e não de propostas, ou de disputa legítima de candidatos”.
Aline lembrou ainda que tudo não passa de uma estratégia populista, já que a urna eletrônica é perfeitamente auditável. “As entidades podem pedir depois das eleições todos os arquivos que foram usados nas eleições, para verificar. Se os partidos que questionam o resultado tivessem interesse em conferir, o fundo partidário tem dinheiro suficiente para contratar especialistas para isso. E nas eleições de 2018 não houve pedido. Isso poderia ter sido feito. Ninguém fez”, cravou.
Além de combater as fake news sobre as eleições para garantir a confiança da população no sistema, a advogada contou ainda que enfrenta o machismo. “Já fiz audiências em que antes de me darem bom dia perguntavam ‘mas quantos anos você tem’? Ou que tentavam me arrumar marido”, relembra.