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Advogado de Lula quer saber quem na PF e no MP grampeou seu escritório

Lula e Moro falando ao microfone, em imagens colocadas lado a lado
Lula e Moro, futuros adversários nas eleições presidenciais de outubro. Imagem: Reprodução

O advogado Cristiano Zanin, que trabalhou na defesa do ex-presidente Lula (PT), recorreu à Justiça para saber quem dentro da Polícia Federal e do Ministério Público Federal ouviu as conversas entre os 25 advogados do seu escritório, durante os processos da Lava Jato, quando o telefone da defesa de Lula foi grampeado com a autorização do então juiz Sergio Moro (Podemos), hoje pré-candidato à presidência. Essa atitude de Moro, em 2016, foi irregular, já que o estatuto da advocacia prevê que é inviolável a “correspondência escrita, eletrônica, telefônica e telemática” entre advogado e cliente relacionada ao exercício da advocacia. O ex-juiz se justifica afirmando que pensava que o número telefônico em questão era de uma empresa que cuidava das palestras de Lula.

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Os advogados de Lula acreditam que policiais e procuradores aliados a Moro podem ter tido contato com o material, escutado conversas confidenciais entre defensores e clientes e até desenvolvido alguma ação investigatória a partir do material. O pedido de Cristiano Zanin para ter acesso à lista de quem ouviu os áudios será julgado nesta terça-feira (22) pela 1ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Zanin afirma que os grampos ilegais afetaram sua imagem e de seu escritório

O advogado justifica, no pedido, que a revelação dos grampos, além de afetar sua imagem, impediu a captação de novos clientes para seu escritório. Dessa forma, ele quer ser indenizado em R$ 100 mil. No entanto, dependendo do tamanho da lista de pessoas que teve acesso aos áudios, o valor pedido pela reparação pode aumentar.

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