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Aécio critica aproximação de Alckmin com PT e manda recado para Doria

Aécio Neves
Aécio Neves
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Em entrevista ao Estadão, o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) criticou a possível aliança entre o ex-presidente Lula e o ex-governador de SP Geraldo Alckmin. De saída do PSDB, Alckmin é o nome mais cotado para ser vice do petista nas eleições presidenciais de 2022.

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Aécio afirmou que a aliança seria “contraditória” e que “Lula é bacana para tomar uma cachaça”.

“Acho contraditória uma aliança com o PT, nós combatemos o PT a vida inteira, tanto ele (Alckmin) quanto eu e muitos outros. Não porque não gostamos do Lula, o Lula é uma grande figura, um cara bacana para sentar e tomar uma cachaça. Eu tive uma ótima relação com ele durante oito anos, mas o PT faz muito mal ao Brasil”, disse o mineiro.

Derrotado por Dilma Rousseff nas eleições de 2014, Aécio foi um dos principais articuladores da campanha do governador do RS, Eduardo Leite, que perdeu as prévias do PSDB. Na entrevista, ele aproveitou para dar conselhos ao seu rival no partido, o governador de SP, João Doria, que venceu Leite e será o candidato tucano em 2022.

“Mesmo que o PSDB não vença essas eleições, nós temos de sobreviver enquanto um partido sólido no Congresso. Está com ele (Doria) a bola, cabe agora demonstrar que nós estávamos errados e construir em torno de si uma grande aliança”, disse ele, que defende uma aliança com nomes da terceira via, como Rodrigo Pacheco (PSD), Ciro Gomes (PDT) e Sergio Moro (Podemos).

“Se nós chegarmos extremamente isolados, obviamente que o PSDB vai discutir a conveniência ou não de ter essa candidatura”, afirmou.

Aécio Neves manda recado para grupo de Doria: “Vai ter que me aceitar”

Aécio Neves apoiou Eduardo Leite nas prévias do PSDB e se declarou inimigo de João Doria dentro da sigla. Com a derrota do governador gaúcho, o mineiro avisou para aliados e também para o seu rival que seguirá no partido. E seu foco é disputar novamente uma cadeira na Câmara.

Conforme apurou o DCM, Aécio tinha dito há duas semanas que Leite não venceria. Por isso aconselhou os aliados do gaúcho a tentarem melar as prévias. Tanto que Arthur Virgílio acusou o ex-governador de Minas Gerais publicamente.

Como o plano dele não funcionou, passou a articular sua pré-candidatura para deputado federal. E pediu para interlocutores comunicarem que ele seguiria no partido, mesmo com Doria sendo pré-candidato à Presidência da República.

“Ele pediu para eu procurar o Marcos Vinholi, o Carlão Pignatari ou alguém próximo do Doria e dizer que a frase dele foi: ‘Vai ter que me aceitar. Só que também não irá apoiar o Doria. Apesar que ele acredita que o governador de São Paulo nem vai entrar na disputa. Porque tem apostado que o João será vice do Moro”, falou uma pessoa próxima do ex-governador de Minas.

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