Fundo do poço: Indústria tem queda inesperada em outubro e chega a 5 meses de perdas na produção
O Brasil iniciou o quarto trimestre com uma queda inesperada na produção industrial. Uma retração que não estava prevista no mês de outubro, o quinto mês consecutivo, expõe as dificuldades do setor no período. Já são cinco meses de perdas na produção.
O recuo do mês de outubro na produção industrial do país foi de 0,6% na comparação com setembro. Nos cinco meses, as perdas acumuladas já chegam a 3,7%.
A informação é dos jornalistas Camila Moreira e Rodrigo Viga Gaier, do site Investing.
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Em relação ao mês de outubro de 2020, a queda foi de 7,8%. É o que dizem os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (03). A expectativa para a variação mensal era de alta de 0,6% e na variação anual era de perda de 5,0%, portanto, os dois resultados foram bem piores que o previsto.
“Com cinco meses de queda, o setor fica 4,1% abaixo do nível pré-pandemia, de fevereiro do ano passado. E o setor está 20,2% abaixo do pico de maio de 2011. Mês a mês a indústria perde intensidade e força”, explicou André Macedo, gerente de uma pesquisa da Reuters com economistas.
A indústria brasileira passa por um cenário de muita inflação e desemprego. Além disso, enfrenta problemas na cadeia de oferta global, falta de matéria-prima e encarecimento dos custos de produção.
Três das quatro grandes categorias econômicas e 19 dos 26 ramos pesquisados mostraram perdas na produção em outubro. As indústrias extrativistas (-8,6%) e os produtos alimentícios (-4,2%) foram as maiores influências negativas entre as atividades. A queda do minério de ferro e do petróleo e a antecipação da safra da cana-de-açúcar na região Centro-Sul do país contribuíram para os resultados negativos.
A produção de bens de consumo duráveis também apresentou queda (-1,9%) e a fabricação de bens de consumo semi e não-duráveis recuou 1,2%. De bens intermediários caiu 0,9%.
O único setor que apresentou ganhos em outubro foi o da produção de bens de capital, que cresceu 2,0% em relação a setembro.
Com informações do site Investing