Alemanha pune usuários de extrema direita do Telegram por fake news

Foto: Reprodução
A Alemanha está punindo os usuários do Telegram que espalham teorias da conspiração sobre a Covid-19 e conteúdo antissemita no aplicativo de mensagens criptografadas.
Vários canais pertencentes ao negacionista do coronavírus Attila Hildmann foram bloqueados na quarta-feira (9) por terem “violado as leis locais”. O aviso aparece nas versões móvel e desktop do aplicativo.
As medidas ocorrem poucos dias depois de a ministra do Interior alemã, Nancy Faeser, ter se reunido com executivos do Telegram.
Gestern Abend wurde #AttilaHildmann|s #Telegram|kanal gesperrt. Telegram begründet dies mit Verweis auf "lokale Gesetze". Das ist neu. Gibt es einen Paradigmenwechsel bei Telegram? 1/9 pic.twitter.com/RH1j5hJLFh
— CeMAS (@cemas_io) February 9, 2022
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Os canais de Hildmann no Telegram
Segundo a revista de notícias alemã Der Spiegel, os canais de Hildmann eram restritos apenas para usuários do país.
Além disso, Josef Holnburger, pesquisador do CeMAS (Center for Monitoring Analysis and Strategy), twittou que um canal vinculado a Hildmann com mais de 63 mil usuários ainda não tem restrições. O grupo frequentemente promove informações falsas relacionadas às vacinas contra Covid-19.
No ano passado, um canal administrado por Hildmann com mais de 100 mil usuários foi bloqueado, com o teórico da conspiração condenando a ação como censura.
Hildmann, que ganhou destaque como chef vegano, já havia pedido violência contra o Estado alemão. Ele também fez inúmeras declarações antissemitas.
O homem de 40 anos se mudou da Alemanha para a Turquia no início de 2021, depois que um mandado de prisão foi emitido. Hildmann, que tem cidadania alemã e turca, provavelmente não será extraditado para a Alemanha e enfrentará o sistema de justiça.
Batida policial contra espalhador de conteúdo antissemita
Em Rosenheim, no sul do país, a polícia fez uma batida na casa e no escritório de um suspeito de espalhar conteúdo antissemita na plataforma.
De acordo com os agentes, desde 2021 o homem de 59 anos publicou conteúdos de incitação ao ódio e disseminação de teorias da conspiração em ao menos 45 ocasiões.
Ele operava um canal do Telegram com mais de 800 participantes, onde, por exemplo, eram divulgadas teorias negacionistas do Holocausto.
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