Em sabatina, André Mendonça diz que no STF seguirá Constituição e não Bíblia
O indicado de Bolsonaro para ocupar uma vaga no Superior Tribunal Federal (STF), André Mendonça, está sendo sabatinado, nesta quarta-feira (01), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
Na sessão, ele se comprometeu com o estado laico e disse: “Na vida, a Bíblia; no STF, a Constituição”.
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Mendonça é o ministro “terrivelmente evangélico” que o presidente Jair Bolsonaro (PL) prometeu dar ao seu eleitorado. A indicação ocorreu no dia 13 de julho, após a aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello. Desde então, o presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) travava a sabatina.
“Me comprometo com o Estado laico. Considerando discussões havidas em função de minha condição religiosa, faz-se importante ressaltar a minha defesa do Estado laico”, disse Mendonça. “Ainda que eu seja genuinamente evangélico, não há espaço para manifestação pública-religiosa durante as sessões do Supremo Tribunal Federal”, continuou o ex-advogado-geral da União.
Apesar de sabatina, Alcolumbre continua agindo contra indicação de Mendonça
Há quase 150 dias trabalhando contra a indicação de André Mendonça para o STF, o presidente da CCJ, Davi Alcolumbre, decidiu ceder e marcou para quarta-feira (01) a sabatina do ex-AGU indicado por Bolsonaro ao STF.
Apesar de ter escolhido a senadora Eliziane Gama, evangélica, para relatar a indicação de Mendonça, Alcolumbre segue dizendo que derrotará o ex-ministro no plenário do Senado.