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Apenas 5% dos executivos brasileiros são negros, diz pesquisa

Na pauta da greve que parou os bancos no mês passado, ao lado do pedido de reajuste salarial, uma das reivindicações dos sindicatos dos bancários chamava a atenção: o preenchimento de pelo menos 20% das vagas por colaboradores negros.

Foi a primeira vez que a promoção da diversidade racial foi incluída nas bandeiras da categoria.

“Os poucos negros contratados pelos bancos têm menos chance de ser promovidos. Você raramente vê um gerente ou uma gerente negra”, afirma a secretária de Políticas Sociais da Confederação Nacional dos Trabalhadores do ramo Financeiro, Andréa de Freitas Vasconcelos.

Essa realidade não está restrita às empresas do setor financeiro. Apenas 5,3% dos postos de comando das grandes companhias brasileiras são ocupados por negros ou pardos, segundo levantamento do Instituto Ethos nas 500 maiores empresas do Brasil.

Isso acontece em um país onde mais da metade da população brasileira é afrodescendente, segundo o instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Esse quadro já foi pior. Há dez anos, apenas 1,8% dos executivos brasileiros no topo da hierarquia corporativa eram negros.

Saiba Mais: Exame